Veja lista de políticos que nunca trocaram de partido no Brasil

Entre os nomes estão dois ex-presidentes: Lula (PT) e Michel Temer (MDB). Deputados federais cearense também integram a lista, como José Guimarães e Luizianne Lins, ambos do PT

18:25 | Mar. 09, 2022

Por: Filipe Pereira
Eunício, Lula e Baleia Rossi estão entre os políticos que nunca mudaram de partido (foto: ARQUIVO/OPOVO)

A janela partidária começou na última quinta-feira, 3, e deve resultar em mudanças nas bancadas da Câmara dos Deputados, com parlamentares de olho nas eleições deste ano. Até 1º abril, deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido político antes do pleito de outubro, sem que sofram sanções ou percam os mandatos por infidelidade partidária.

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Além dos políticos que mais trocaram de partidos durante sua trajetória política, outros nunca deixaram as legendas pela quais iniciaram suas trajetórias. Acompanhe levantamento: 

Lula (PT)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um ex-sindicalista, ex-metalúrgico e político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), do qual é o principal fundador, até os dias de hoje. Foi o 35º presidente do Brasil, tendo exercido o cargo de 1º de janeiro de 2003 a 1º de janeiro de 2011.

José Guimarães (PT)

José Nobre Guimarães é advogado e deputado federal pelo Ceará eleito pelo Partido dos Trabalhadores. Sempre pelo PT, o parlamentar começou a vida política como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Ceará, em 2000. Também pela legenda, atuou como líder da minoria na Câmara dos Deputados. 

Luizianne Lins (PT)

Foi pelo PT que a deputada federal e ex-prefeita de Fortaleza sempre exerceu sua vida política. Filiada ao Partido dos Trabalhadores desde 1989, ela milita nos movimentos de esquerda desde 1987. Pelo partido, Luizianne foi vereadora de Fortaleza (1996), deputada estadual do Ceará (2002) e prefeita de Fortaleza por dois mandatos (2005-2012). Está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados. 

Inácio Arruda (PCdoB)

Até o fim do ano passado, Inácio Arruda era Secretário da Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará. Filiado sempre ao PCdoB desde 1981, foi eleito sucessivamente, em 1988 vereador de Fortaleza, em 1990 deputado estadual, em 1994 deputado federal, reeleito em 1998 e 2002. Em 2006, foi eleito senador do Ceará. Deixou recentemente o governo Camilo para disputar vaga na Câmara dos Deputados. 

Baleia Rossi (MDB)

Luiz Felipe Baleia Tenuto Rossi, mais conhecido como Baleia Rossi, é atualmente deputado federal por São Paulo e presidente nacional do MDB. O parlamentar sempre foi emedebista. Aos 20 anos, em 1992, elegeu-se vereador de Ribeirão Preto, sendo reeleito mais duas vezes, em 1996 e 2000, pelo partido. Em 2002, deixou a Câmara de Vereadores para assumir o mandato de deputado estadual, posto para qual foi eleito nas eleições daquele ano também pela mesma legenda.

Eunício Oliveira (MDB)

Eunício Oliveira sempre esteve filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Pela legenda, foi senador da República pelo Ceará de 2011 a 2019 e presidente do Senado de 2017 a 2019. O emedebista entrou para a política partidária em 1998, exercendo cargos em seu partido. No mesmo ano, foi eleito para a Câmara dos Deputados – reelegeu-se deputado federal nas eleições de 2002 e 2006. Em 2004, foi designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro das Comunicações, ocupando o cargo até 2006.

Michel Temer (MDB)

Em 1981, o ex-presidente Michel Temer se filiou-se ao MDB e na sigla permanece até hoje. Em 1995, ele foi foi escolhido para liderar o MDB na Câmara dos Deputados. Contando com o apoio do governo Fernando Henrique, foi eleito presidente da Casa duas vezes e, em 2001, foi eleito presidente nacional do partido.

No segundo mandato de Lula (PT), Temer levou seu partido para parte da base governista, o que não havia conseguido no primeiro mandato do petista. Em 2009, com o apoio do governo, foi eleito para a presidência da Câmara. Na disputa presidencial de 2010, apesar de não ser o nome preferido dos governistas, conseguiu ser escolhido para candidato a vice de Dilma Rousseff. Mais tarde, ele assumiu o cargo da petista após seu impeachment, em 2016.