Líder de Camilo articula grupo para mudar de partido em bloco

São cerca de 20 pré-candidatos, que deverão se filiar em conjunto. A ideia é não aceitar quem tenha mais de 25 mil votos

Um bloco de pré-candidatos a deputado estadual no Ceará negocia a mudança de partido em conjunto na janela para troca de legendas que se abre nesta quinta-feira, 3 de março, até 1º de abril. As conversas envolvem deputados com mandato, suplentes que exerceram mandato, vereadores de Fortaleza e outros municípios e também ex-parlamentares. Um dos articuladores do bloco é o deputado Júlio César Filho (Cidadania), líder do governador Camilo Santana (PT) na Assembleia Legislativa. Ele calcula que o bloco envolva em torno de 20 pré-candidatos.

Julinho, como é conhecido, cita entre os participantes do bloco os deputados estaduais de mandato Nizo Costa (PSB) e Gordin Araújo (Patriota), os vereadores de Fortaleza Jorge Pinheiro (PSDB) e Cônsul do Povo (PSC), o vereador Marcio Joias (PTB), de Juazeiro do Norte, e Lucas Brasil, de Crato, além do suplente de deputado Diego Barreto (PTB), que já exerceu mandato na Assembleia. Há também os ex-deputados estaduais Ferreira Aragão e Teo Menezes, que compareceu pela primeira vez na reunião desta quarta-feira, 2, e teria sua entrada no bloco avaliada pelos demais. Também participa o ex-vereador de Fortaleza Fabio Braga.

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"Tem vários partidos interessados e dentro desse bloco tem vários pré-candidatos de vários partidos", explicou Julinho. O grupo ainda recebe adesões. "De comum acordo da sua maioria, definirá a qual agremiação partidária irá se filiar", afirmou o deputado. Ele reforça a intenção do grupo, hoje com mais de 20 nomes: "Ir conjuntamente à mesma agremiação".

Um critério para quem entra no grupo é o potencial de votação de cada um. "Hoje há o entendimento no bloco de que nenhum dos que irão concorrer tenha tirado mais de 25 mil votos. É o nosso teto", acrescenta Julinho. A votação conjunta de todos os candidatos do partido que define quantas vagas cada legenda ocupa. E os mais votados na agremiação ocupam as cadeiras correspondentes. Se houver um candidato com votação muito maior que os demais, há perda de competitividade. A ideia é ter vários candidatos com chance.

Julinho cita o caso de Téo Menezes, que já foi eleito em outros momentos com mais de 25 mil votos. A situação dele seria avaliada. Assim como Ferreira Aragão, que teve 37 mil votos em 2018. Ele expôs a atual situação e foi aceito pelo bloco.

Júlio César afirmou que será criada comissão para negociar com dirigentes dos partidos. "Não é o grupo que está procurando. Nós que estamos sendo procurados. A gente vai escutá-los, o que eles têm para oferecer, o que eles pensam do grupo, se há alguém filiado dentro desses partidos que por acaso foge dos critérios estabelecidos por esse grupo", expôs.

A decisão sobre a filiação do bloco deverá ser tomada, segundo ele, no fim da janela, que se encerra em 1º de abril.

Informações do jornalista Henrique Araújo

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