Camilo diz que Mauro Albuquerque ainda não conversou com ele sobre eventual candidatura
No ano passado, governador determinou que secretários da gestão com interesse em concorrer nas próximas eleições precisariam deixar o cargo até o fim de dezembro
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), afirmou que o secretário da Administração Penitenciária do Estado, o policial civil Mauro Albuquerque, ainda não sinalizou a ele qualquer intenção de concorrer a um cargo eletivo no pleito de 2022. A declaração ocorreu após evento realizado no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, onde o governador assinou a ordem de serviço para implantação de esgotamento sanitário em oito bairros da Capital.
Na última segunda-feira, 21, Albuquerque deixou em aberto a possibilidade de se candidatar em 2022. Durante entrevista à jornalista Kézya Diniz, no programa Conexão Assembleia, o policial civil disse estar “à disposição do que vier, se for interessante”. Com o fim da gestão Camilo em 2022, o secretário foi indagado sobre os planos para o futuro e se enfrentaria uma candidatura.
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“Sou operacional, tenho vontade de fazer as coisas. Gosto de fazer e ter resultados. Costumo falar em curso que não basta estar, tem que fazer parte. A gente está à disposição do que vier, se for interessante”, disse na ocasião, acrescentando que sua missão principal é “bancar o sistema e combater o crime”.
Questionado pelo O POVO sobre se o secretário teria conversado com ele e manifestado interesse em participar da disputa eleitoral, o governador foi breve ao dizer que: “Não, não. Ainda não”.
O próprio Camilo havia determinado, ainda no ano passado, que qualquer secretário da gestão com interesse em concorrer nas próximas eleições precisaria deixar o cargo até o fim de 2021, para que novos gestores tivessem tempo para se ambientar nas respectivas pastas.
Cinco secretários de Camilo seguiram a determinação do governador e deixaram os cargos naquele momento. No entanto, caso pretenda ser candidato, Albuquerque - ou qualquer outro secretário -, tem até o início de abril para renunciar ao cargo. A legislação eleitoral estabelece que a desincompatibilização precisa ocorrer até seis meses antes da eleição. No caso do pleito de 2022, o prazo vai até 2 de abril.