Vantagem de Lula sobre Bolsonaro cresce no Nordeste e cai no Sudeste

Lula tem larga margem no Nordeste, de 45 pontos. Lidera no Sul. No Sudeste e na soma de Norte e Centro-Oeste, há empate técnico

19:30 | Fev. 22, 2022

Por: Agência Estado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Pesquisa CNT mostra que a diferença entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) entre eleitores na região Nordeste cresceu. O petista está 45 pontos à frente de Bolsonaro. Tem 61% das intenções de voto, enquanto o presidente conta com 16% na região. Em dezembro, a diferença entre os dois era de 38 pontos no Nordeste.

Já na região Sudeste, a pesquisa da CNT revelou que a diferença entre Lula e Bolsonaro caiu. O petista agora tem 34% e Bolsonaro, 32%. Em dezembro, a diferença entre os dois na região era de nove pontos e agora é de dois. Eles estão tecnicamente empatados na região, levando em conta a margem de erro, de 2,2 pontos porcentuais.

Lula também lidera no Sul (40% a 32%, respectivamente) e vive outra situação de empate técnico com Bolsonaro na soma das regiões Centro-Oeste e Norte (35% a 34%).

No conjunto da pesquisa, Lula permanece praticamente estável e oscilou dentro da margem de erro em relação a dezembro: de 42,8% para 42,2% agora. Já o atual presidente subiu de 25,6% para 28%. Os números remetem ao voto estimulado, ou seja, em que o pesquisador mostra aos eleitores os nomes a serem escolhidos.

A queda, segundo a CNT, foi registrada na intenção de votos do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), que foi de 8,9% para 6,4%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) estava em baixa com 4,9% em 2021, mas cresceu para 6,7%. Também estão na pesquisa João Doria (1,8%); André Janones (1,5%); Simone Tebet (0,6%); Felipe d’Avila (0,3%); e Rodrigo Pacheco (0,3%). Brancos e nulos alcançam 6,2% e indecisos, 6,0%.

A reação de Bolsonaro está relacionada à queda na avaliação negativa do governo. O porcentual de entrevistados que vê sua gestão como ruim ou péssima caiu de 48% em dezembro para 43% em fevereiro, mas ainda é maior do que a fatia que classifica o governo como bom ou ótimo, porcentual que oscilou de 27% para 26%. Além disso, o índice dos que avaliam a administração como regular subiu de 24% para 30%, em dois meses.

A pesquisa foi feita entre 16 e 19 de fevereiro. Foram ouvidos 2.002 eleitores. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi contratada pela CNT e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-09751/2022.