Camilo critica oposição por apostar em "ódio e violência" e defende "boa política"
Ao lado vice-governadora Izolda Cela e da secretária da Educação, Eliana Estrela, o governador, sem mencionar nomes, fez duras críticas a políticas negacionistas em relação a campanha de vacinaçãoO governador Camilo Santana (PT) criticou a oposição e defendeu a atual gestão liderada por seu grupo político no Ceará. Durante evento de inauguração da nova sede da Escola de Ensino Médio (EEM) Deputado Manoel Rodrigues, no bairro Vicente Pinzón, em Fortaleza, nesta sexta-feira, 18, o petista reforçou o compromisso do mandato com a "boa política" e, sem mencionar nomes, criticou a condução de políticas negacionistas e que estimulam "o ódio e a violência".
"Um que aposta no ódio, que nega a vacina, nega a pandemia e não quer cuidar das pessoas, que estimula o ódio e violência. Somos de um lado que aposta na educação, que investe na paz, na oportunidade, que cuida das pessoas, que quer vacinar todos os cearenses para salvar a vida das pessoa", afirmou o petista.
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Opositor de Jair Bolsonaro (PL),a quem já criticouem inúmeras situações, Camiloatacou posturas de negação da vacina e que estimulam a violência. No Ceará, um dos seus principais adversário e pré-candidato ao Palácio da Abolição, deputado Capitão Wagner (Pros), éapoiador de Jair Bolsonaro e assumidamente disposto a fazer palanque do presidente no estado durante sua campanha.
Ao lado vice-governadora Izolda Cela e da secretária da Educação, Eliana Estrela, o governador fez defesa da política como ato benéfico a população. "É através da política que se definem as ações, a política define a qualidade da saúde, a valorização dos professores, as ações na área da segurança, o compromisso com a educação o povo. E nós fazemos essa política, a boa política, acreditando nessa construção", disse.
Durante a pandemia, Camilo faz duras ressalvas à condução do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro. Camilo e outros governadores foram criticados por bolsonaristas e pelo próprio presidente- pelas medidas de isolamento social, como o lockdonw, para evitar a propagação da Covid-19 nos momentos de maior incidência da doença.
Em janeiro, Bolsonaro voltou a criticar os gestores estaduais por atuação durante a pandemia da Covid-19. Em entrevista à TV Jovem Pan, após se considerar "a pessoa mais importante do Brasil", o chefe do Executivo Federal atacou "governadores petistas", entre eles Camilo, correligionário do seu principal adversário nas urnas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O que os governadores petistas fizeram nos seus estados foi algo de assombrar, como na Bahia e em outros estados de esquerda também, como Ceará”, acrescentou o presidente. Em agosto de 2020, durante visita ao Ceará e junto à sua comitiva para desembarcar no município de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, Bolsonaro disse que Camilo atuou de forma "criminosa e maldosa" ao decretar as medidas sanitárias, como lockdown e isolamento social.
Já ao lado de Capitão Wagner, o chefe do Planalto encontra total apoio. No início de fevereiro, o deputado federal fez o discurso que abriu a visita do presidente ao Ceará, em Jati. Wagner começou saudando a "maior autoridade aqui presente, Nosso Senhor Jesus Cristo" e saudou o Bolsonaro dizendo que ouviu, no compromisso anterior, em Salgueiro (PE), o discurso de um estadista. Bolsonaro já manifestou apoio ao aliado.