Na Rússia, Bolsonaro participa de cerimônia em homenagem a soldados comunistas
Desde a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro promete livrar o Brasil do socialismo e do comunismo; "Nossa bandeira nunca será vermelha" foi uma das frases fortes do presidente
10:56 | Fev. 16, 2022
O presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciou a programação de sua viagem oficial à Rússia, nesta quarta-feira, 16, participando de uma cerimônia onde uma coroa de flores é levada ao Túmulo do Soldado Desconhecido; protocolo formal em viagens de chefes de Estado ao país. O monumento recorda as vitórias da União Soviética e faz alusão aos soldados comunistas mortos durante a Segunda Guerra Mundial na luta contra o nazismo.
Desde a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro prometia livrar o Brasil do socialismo e do comunismo e desde então ele e seus apoiadores ventilam, em algumas ocasiões, uma suposta ameaça comunista no Brasil. “Nossa bandeira nunca será vermelha” foi uma das frases fortes do presidente em seus discursos nos últimos anos.
Recebem o nome de "Túmulo do soldado desconhecido" os monumentos erguidos em diversas nações para honrar a memória de soldados que morreram durante tempos de guerra e que não foram identificados. No caso russo, a obra fica próximo ao Kremlin (sede do governo) e homenageia os membros do Exército comunista.
Leia mais
-
Presidente diz que relação entre Brasil e Rússia pode crescer
-
Presidente Bolsonaro faz declaração na Rússia após encontro com Putin
-
Com teste negativo para covid-19, Bolsonaro pôde se sentar ao lado de Putin
-
Bolsonaro diz a Putin ser solidário à Rússia e cita colaboração entre os países
-
Albuquerque diz que Ucrânia estará na pauta de encontro de Bolsonaro e Putin
-
Bolsonaro teve de fazer teste PCR de Covid para reunião com Putin
-
Rússia: ex-chanceler do PT defende visita, ex-chanceler de Bolsonaro critica
Bolsonaro foi à Rússia para encontrar-se com o presidente Vladimir Putin, em meio à tensão na fronteira entre Rússia e Ucrânia. O encontro, ocorrido em Moscou, trata-se de uma reunião bilateral onde o presidente brasileira tenta atender aos interesses de alguns setores brasileiros, como o agronegócio e a Defesa.
Já em Moscou, Bolsonaro declarou-se solidário à Rússia, sem especificar do que se tratava sua solidariedade, e se disse honrado pelo convite feito ainda no ano passado. “Somos solidários à Rússia. Queremos muito colaborar em várias áreas, defesa, petróleo e gás, agricultura (...) Tenho certeza que esta passagem por aqui é um retrato para o mundo que nós podemos crescer muito as nossas relações bilaterais”, afirmou.
Eles sentaram lado a lado e conversaram, com o auxílio de intérpretes. Os russos fizeram uma série de exigências sanitárias, como a realização de cinco testes de Covid-19 para a comitiva brasileira para que o encontro ocorresse com mais proximidade física.
Líderes europeus encontraram-se com Putin, nos últimos dias, com uma longa mesa os separando. “É uma alegria recebê-lo, senhor presidente. Espero que nosso encontro seja produtivo. É muito importante porque o Brasil é o principal parceiro na América Latina”, disse Putin.