Advogado de Moïse diz que "estuda medidas" após Camargo chamar congolês de "vagabundo" 

O advogado Rodrigo Mondego disse que a família de Moïse estava estarrecida com a "fala criminosa" de Camargo e que estudava "medidas cabíveis" contra o aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL)

O advogado Rodrigo Mondego, procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), e advogado que representa os familiares do congolês Moïse Kabagambe, rebateu a fala realizada pelo presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo. A defesa afirma que a família está "estarrecida" com a declaração e que estuda "medidas cabíveis".

Ao se manifestar sobre a morte do congolês Moïse, assassinado por cobrar diárias de trabalho em quiosque no Rio de Janeiro, Camargo definiu o homem como “vagabundo morto por vagabundos mais fortes”. De acordo com o dirigente da Fundação Palmares, o assassinato não teve relação alguma com a cor de pele de Moïse, que era negro, e sim com o “modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”.

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Sérgio Camargo afirmou que o congolês assassinado “negociava com pessoas que não prestam” e que este foi o real motivo de sua morte.

Após a publicação, Mondego disse que a família de Moïse estava estarrecida com a "fala criminosa" de Camargo e que estudava "medidas cabíveis" contra o aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Esse vagabundo vai responder por essa mentira absurda que está falando. A família do Moïse está estarrecida com essa fala criminosa desse sujeito. Já estamos estudando as medidas cabíveis", escreveu no Twitter. 

 

A família de Moïse Kabagambe foi recebida nessa quinta, 10, no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). O jovem congolês de 24 anos foi assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca, no dia 24 de janeiro. O  o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos assegurou que todos os detalhes do crime serão apurados. “Estamos empenhados, com diversos promotores e procuradores de Justiça e todo o aparato do Ministério Público, para que tenhamos o efetivo esclarecimento do crime e a responsabilização de todos os culpados”, afirmou.

 

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Sergio Camargo Racismo Moïse Kabagambe advogado

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