Célio Studart quer tornar crime negligência contra animais durante transporte
Deputado quer fortalecer mecanismo já existente para combater os maus cuidados sofridos por animais ao serem transportadosO deputado federal Célio Studart (PV), apresentou nesta sexta-feira, 4, um projeto de lei que torna crime negligência contra animais durante transporte. O propósito é alterar a ideia de que o animal pode ser tratado como objeto e aumentar a responsabilidade das empresas por essas vidas.
O PL propõe alterações na lei de crimes ambientais e prevê de dois a cinco anos de prisão. Em situações em que o animal venha a morrer, a pena sofre aumento de um terço.
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“Temos presenciado vários episódios de negligência no transporte de animais, inclusive, com casos de extravios, a exemplo do caso recente da Zoe, que foi perdida como se fosse uma mala. É inaceitável. São vidas que devem ser respeitadas. Além disso, muitos animais são tratados como membros da família”, explicou Célio ao citar o episódio do animal que foi esquecido nesta semana por uma companhia aérea durante uma escala de voo. Célio ressalta ainda que ainda há um extenso e necessário caminho para consolidar a visão de que animais não são simplesmente coisas, mas seres sencientes, isto é, que possuem emoções semelhantes às humanas.
No projeto, é exigido que sejam determinadas regras uniformes que possam vincular o transporte de animais em todas as companhias aéreas no País e que sejam aplicadas as devidas punições aos agentes. “É imprescindível regular a forma do transporte de maneira correta, a respeitar a importância do animal na realidade familiar brasileira, além da vida e do bem-estar destes. É válido, também, o estabelecimento de multas que visem alertar a atuação das companhias no manejo da forma mais escorreita possível sob pena de punição a rigor”, informa trecho do PL 146/2022.
Conforme mostra dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, os cães e gatos estão presentes em 47,9 milhões de domicílios no Brasil. Cerca de 33,8 milhões são cães, o que corresponde a 46,1% dos lares, e 14,1 milhões, ou seja 19,3% , possuem no mínimo um gato, o que revela que os animais compõem o desenho das famílias no Brasil.