Psol apresenta pré-candidata ao Governo do Ceará; veja quem é
O principal eixo do programa que a agremiação apresentará ao eleitor em seu programa é o do combate às desigualdades sociaisO Partido Socialismo e Liberdade (Psol) apresentou a pré-candidatura de Adelita Monteiro ao Governo do Ceará. A decisão foi tomada em reunião do diretório estadual que ocorreu nesse sábado, 5. Ela é uma das fundadoras da legenda socialista no Estado, atual secretária-geral do Psol, além de comunicadora popular e artesã.
O principal eixo do programa que a agremiação apresentará ao eleitor em seu programa, segundo comunicado enviado à imprensa, é o do combate às desigualdades sociais. Na Assembleia Legislativa, com Renato Roseno, o Psol faz oposição à esquerda à administração de Camilo Santana (PT) e ao grupo político ao qual o governador pertence, liderado pelos irmãos pedetistas Ciro e Cid Gomes.
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Uma das críticas centrais movidas pelo Psol são as renúncias e benefícios fiscais a empresas num contexto de desigualdade social e pobreza no Ceará. É uma maneira defendida pela gestão estadual (leia mais aqui) de atrair investimentos e gerar empregos numa região menos buscada por empresas e indústrias, se comparada ao Centro-Sul brasileiro.
Adelita foi candidata a vereadora de Fortaleza em 2020 . Mantém canal no YouTube em que aborda a política local de modo descontraído, com críticas a adversários. Em um texto publicado no Instagram, ela celebrou a decisão do diretório.
"Eu tô emocionada com todo o apoio recebido pra chegar até aqui e comprometida com um pensar coletivo porque meu nome é só um nome, pequenininho diante das nossas causas e desafios", escreveu.
E elegeu as prioridades do ano político: "Derrotar Bolsonaro nacionalmente, 'Capetão' Wagner estadualmente, ajudar a eleger uma bancada de esquerda e lutar dentro do Psol por apoio à candidatura do Lula são missões muito importantes pros dias que estão por vir."
Outras forças para além de PDT e Capitão Wagner
Em reportagem publicada em 23 de janeiro, O POVO já havia antecipado que o Psol estaria representado na corrida ao Palácio da Abolição. Também mostrou que o PSTU e o Novo caminham em direção à candidatura própria.
Mais recentemente, o ex-presidente da Assembleia Legislativa e deputado estadual Zezinho Albuquerque surgiu como possibilidade de concorrer ao Executivo estadual. Não pelo PDT, ao qual está filiado, mas pelo PP, legenda que controla informalmente via AJ Albuquerque, seu filho deputado federal. Ao colunista Henrique Araújo, do O POVO, AJ afirmou que o pai poderia sair candidato pelo PP se a eleição ocorresse hoje.
Em entrevista ao Jogo Político, Albuquerque esquentou o debate no PDT ao cobrar explicitamente mais diálogo na escolha dos possíveis postulantes, de modo que outros filiados, como ele, possam ser considerados para a tarefa. Ele lembrou do histórico como aliado de Ciro e Cid Gomes e de episódio em que foi, ao lado de Cid na campanha ao Governo do Ceará, em 2006, apresentá-lo aos eleitores.
"Quem é que não gostaria de ser governador do Estado? Eu vivi minha vida toda fazendo política, conversando com as pessoas. Eu saia num carro com o Cid lá atrás, andando num carro, e eu dizia esse é o Cid, irmão do Ciro", recordou, para frisar que merece espaço na discussão do PDT.
Neste domingo, o colunista de Política do O POVO, Guálter George, publicou que o desabafo de Zezinho Albuquerque teve como consequência uma conversa com o governador Camilo Santana (PT) e o senador Cid Gomes (PDT). O colunista relata que ambos queriam saber as razões de o parlamentar ter aparentado estar tão "nervoso". A conclusão foi de que Zezinho teme que o filho, AJ Albuquerque, não se reeleja para a Câmara Federal.