Evandro Leitão sobre Capitão Wagner: "Representante do fascismo"
Pré-candidato foi duro contra adversário dentro do que deve ser a estratégia governista nos debates
17:12 | Fev. 05, 2022
Presidente da Assembleia Legislativa e um dos pré-candidatos do PDT ao Governo do Ceará, Evandro Leitão voltou as baterias contra Capitão Wagner (Pros), que representará a oposição na corrida ao Palácio da Abolição. De um lado, afirmou o político, há um grupo político "extremamente exitoso" há 16 anos no Poder, com as experiências do governador Camilo Santana e do ex-prefeito Roberto Cláudio, por exemplo.
Do outro, segundo Evandro afirmou ao O POVO: "Um candidato que representa o fascismo, as pessoas que querem se impor não por suas lideranças, mas querem se impor através de armas, de situações atípicas, um candidato que representa o presidente Jair Bolsonaro."
"Lembrar" o eleitor do vínculo político entre Wagner e Bolsonaro deve ser um dos trunfos retóricos da campanha governista ao Governo do Ceará, seguindo o que ocorreu em 2020 na disputa à Prefeitura de Fortaleza. O atual presidente é mal avaliado no Ceará. Em 2018, como candidato ao cargo que hoje ocupa, perdeu para Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT) no Estado.
Evandro Leitão é um dos pré-candidadatos do PDT ao Governo do Ceará, ao lado da vice-governadora Izolda Cela, do secretário de Planejamento Mauro Filho e de Roberto Cláudio.
O presidente da Assembleia foi um dos aliados de Camilo que estiveram, neste sábado, 5, na entrega de um polo de lazar no bairro São João do Tauape, na avenida Raul Barbosa.
Outro lado
Em entrevista ao O POVO, Capitão Wagner afirmou que fez um compromisso consigo mesmo para não "entrar no joguinho desse pessoal". Ele defendeu que sua candidatura representa o sonho de ter "um Ceará sem medo."
Para cada agressão, ele disse, irá responder com uma proposta. "Então, você pergunta ai ao agressor o que ele acha da minha proposta de utilizar a casa do governador para receber jovens carentes, capacitá-los e colocá-los no mercado de trabalho?"
Wagner adicionou que a população "não quer escutar bate boca de político". "A população quer escutar quem vai matar sua fome, quem vai trabalhar para gerar emprego e renda, quem é que vai trabalhar para diminuir a violência, isso que a população quer escutar, então minha resposta é essa", ele finalizou.