Ciro vai a culto com Daciolo em Fortaleza e diz não ter preferência para governo do Ceará

Pré-candidato a presidente falou das chances na eleição presidencial

23:42 | Jan. 30, 2022

Por: Carlos Mazza
Pré-candidato do PDT participou ontem de culto evangélico em Fortaleza ao lado de Cabo Daciolo (foto: Thais Mesquita)

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) defendeu na noite deste domingo, 30, a continuidade do grupo que atualmente governa o Ceará. Em culto evangélico ao lado do ex-deputado Cabo Daciolo (PDT), Ciro rebateu tese do adversário Capitão Wagner (Pros) de que o grupo representaria interesses familiares.

"O que está em jogo aqui é um projeto, não é uma personalidade nem um grupo de pessoas, muito menos uma família, como nosso adversário quer fazer crer", disse, logo após participar da celebração da Igreja do Senhor Jesus, comandada em Fortaleza pelo pastor e deputado estadual Apóstolo Luiz Henrique (Progressistas).

O primogênito Ferreira Gomes reforçou ainda que todo o entendimento para a candidatura do PDT ao Governo será construído ao lado dos partidos aliados no Ceará. Sobre o nome, ele afirmou: "Não posso ter preferência. Nós aceitamos uma dinâmica em que queremos construir um acordo com as mesmas forças que hoje apoiam o Camilo."

Ele destacou a provável candidatura do governador Camilo Santana (PT) a senador, já aprovada pelo PT. "Nessa dinâmica, o Camilo, querendo, será senador, e o candidato a governador será indicado pelo PDT. Quatro companheiros se apresentaram (...) Roberto Cláudio, Izolda Cela, Evandro Leitão e Mauro Filho. Qualquer um desses aqui têm as qualificações para ser nosso futuro governador, com uma tarefa muito simples, que é conservar aquilo que precisa ser mantido", continua.

Eleição presidencial

Ciro também falou sobre suas chances na disputa eleitoral deste ano, minimizando as pesquisas e destacando a existência de um percentual de cerca de 35% do eleitorado que não possui interesse nas candidaturas nem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem de Jair Bolsonaro (PL).

"A decisão tem a ver com o tema dominante dessa campanha. E o tema dominante dessa campanha, não tenho a menor dúvida, será um bom diagnóstico da crise econômica e social, e a capacidade de iluminar soluções para ela", disse.

Ao lado de Cabo Daciolo e da esposa Giselle Bezerra, Ciro teve participação discreta no culto de ontem, chegando sem ser anunciado e participando de todos os momentos de louvor e oração, mas sem discursar durante a celebração. Já Daciolo fez intervenções breves durante o sermão de Luiz Henrique.

O teor do culto acabou sendo mais voltado para a própria fé cristã - com fala sobre as provações do apóstolo Pedro às vésperas da crucificação de Jesus Cristo. Mesmo ministrado por um deputado e com a presença de dois candidatos da eleição presidencial de 2018, a disputa eleitoral não chegou a entrar na pauta do sermão.