PT Ceará confirma Camilo como candidato ao Senado e manutenção da aliança com PDT

Resolução com indicativo da candidatura de Camilo a senador foi aprovada em reunião do Diretório Estadual do PT no Ceará

16:22 | Jan. 29, 2022

Por: Carlos Mazza
Governador Camilo Santana respondeu aos críticos petistas (foto: Thais Mesquita)

O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Ceará aprovou neste sábado, 29, resolução que indica o governador Camilo Santana (PT) como candidato do partido a senador. Na reunião, foi aprovada ainda emenda que reforça a tese de manutenção da aliança entre PT e PDT no Estado para a eleição deste ano.

“Para disputar a vaga de senador pelo Ceará, nas eleições de 2022, o PT indica o nome do atual governador Camilo Santana, na certeza de que estar ofertando à aliança e ao povo cearense, um homem público devotado ao Ceará e ao Brasil, que muito realiza como governador, e, no Senado, continuará trabalhando em defesa dos interesses do nosso estado e da nossa gente cearense, com Lula presidente para reconstruir e transformar o Brasil”, diz trecho da resolução.

“Nós fechamos quatro diretrizes: fazer a campanha do Lula no Ceará, manter a aliança entre PT e PDT, lançar Camilo senador e ampliar nossas bancadas de deputados estaduais e federais. É o reconhecimento do PT ao governo do Camilo e a definição da nossa centralidade para a eleição deste ano”, diz o deputado José Guimarães (PT).

O comando do partido no Ceará aprovou ainda outra emenda, que presta solidariedade ao ex-presidente Lula (PT) por “ataques e agressões” que o petista teria recebido do pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. Apesar dos ataques, o partido destaca como central para 2022 a “construção de uma ampla aliança para as eleições” no estado.

“A construção de uma ampla aliança para as eleições de 2022 no estado, que reafirme a coesão da base de sustentação do governador Camilo Santana, é outro elemento de grande relevância nesse esforço de defesa dos interesses estratégicos do Ceará”, diz o documento.

 

Além disso, o partido aprovou uma série de “pré-condições” para os nomes que irão compor a chapa para governador e vice da base aliada, destacando como necessárias a “capacidade de agregar aliados, de exercitar o diálogo e a convivência democrática, o respeito a outras candidaturas presidenciais e o conhecimento e comprometimento com o projeto administrativo em curso no Ceará”.

Apoiada por cerca de 70% dos integrantes do Diretório Estadual, a tese de manutenção da aliança entre PT e PDT é questionada hoje sobretudo pelos deputados federais Luizianne Lins e Zé Airton Cirilo, que defendem que o partido lance candidatura própria ao Governo do Ceará. Para eles, uma candidatura petista seria necessária para defender a campanha do ex-presidente Lula (PT) no Estado, uma vez que o PDT lançará Ciro Gomes para a vaga.

“Voltei a defender o lançamento de uma candidatura própria do PT ao governo, como forma de garantir a construção de um palanque forte e, principalmente, leal ao presidente Lula. Sustentamos a importância da formação de uma aliança ampla, com todas as forças antagônicas ao Bolsonarismo e tudo de nefasto que ele representa. Isso sem abrir mão do protagonismo do PT”, destacou, em nota, Zé Airton.

"Reafirmamos nossa defesa de uma aliança ampla e forte em torno de Lula, sem palanques duplos, sem tergiversação, com todas as forças políticas dispostas a derrotar o fascismo e reverter o processo de destruição em curso no Brasil", reforça o deputado. Apesar dos questionamentos, a tese de manutenção da aliança foi aprovada pela maioria dos integrantes do Diretório.