Perto de ser governadora, Izolda diz que aumento de professores não é dado por Bolsonaro
Em publicação nas redes sociais, vice-governadora afirmou que atribuir reajuste ao Governo Federal é "apropriação indébita"
17:12 | Jan. 29, 2022
A poucos meses de provavelmente assumir o governo do Ceará, a vice-governadora Izolda Cela (PDT) entrou neste sábado, 29, na polêmica do reajuste de 33,24% para professores da rede básica anunciado na última semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em publicação nas redes sociais, Izolda destacou que o reajuste não foi dado pelo Governo Federal, mas sim faz parte da lei do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
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“Existe uma lei vigente há anos, praticamente desde a implantação do piso, que determina a maneira como é feito o cálculo — vinculado ao valor aluno Fundeb. Outra coisa, são estados e municípios brasileiros, com seus próprios recursos, que pagam os seus professores”, diz a vice-governadora.
“Precisamos muito de um governo federal mais atuante e responsável com a educação. O que vier será muito bem vindo. Mas remeter ao governo federal este percentual de aumento do piso é uma apropriação indébita. Ou por desconhecimento, ou por má intenção”, continua.
Logo depois do anúncio do reajuste, na última quinta-feira, 27, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), destacou que professores da rede municipal terão o aumento de 33,24%. Em todo o Brasil, diversos prefeitos estão reagindo contra a aplicação da nova lei, destacando falta de capacidade nos cofres municipais para o valor do reajuste. Na sexta-feira, 28, o governador Camilo Santana (PT) afirmou que o Ceará também deverá cumprir o piso.
No mesmo dia, Izolda reconheceu que está prestes a assumir o Governo do Estado. “Há uma probabilidade importante. Já estou considerando isso (assumir o governo)”.
Neste sábado, o PT confirmou o governador Camilo Santana (PT) como candidato ao Senado. Assim, dele deverá deixar o governo até abril, deixando Izolda no cargo. O PT também aprovou a manutenção da aliança com o PDT, que deverá lançar candidato ao governo.