Mayra Pinheiro, a "capitã cloroquina", coloca no Lattes atuação em atos antidemocráticos

O Dia da Independência em 2021 foi marcado por manifestações favoráveis ao presidente da República e críticas à membros o Supremo Tribunal Federal (STF), que tem Bolsonaro como um dos investigados

A secretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, incluiu a participação nos atos do 7 de Setembro nos conteúdos de produção técnica no Sistema de Currículo Lattes. A plataforma reúne currículos de cientistas e atividades de fomento à pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de outras agências federais e estaduais.

A pediatra é conhecida como “capitã cloroquina” pela defesa ao medicamento considerado ineficaz no tratamento da Covid-19, inclusive no colapso sanitário em Manaus (AM). O remédio foi amplamente difundido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Mayra é apoiadora, ao longo da pandemia.

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O Dia da Independência em 2021 foi marcado por manifestações favoráveis ao chefe do Palácio do Planalto em todo o país, com a participação de integrantes do governo federal. Os atos do 7 de Setembro são alvo de apuração dentro do inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), que tem Bolsonaro como um dos investigados.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão, quer saber se houve financiamento das manifestações e, caso tenha havido, quem financiou. Mayra ocupa a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde. Nas redes sociais, ela se apresenta como médica, cristão e exibe dezenas de publicações que replicam discursos e ações de Bolsonaro, incluindo no último 7 de Setembro.

Em relatório aprovado em outubro, a CPI da Covid-19 no Senado pediu ao Ministério Público o indiciamento da secretária, apontando os crimes de epidemia com resultado morte e prevaricação, quando o funcionário público deixa de agir em razão do interesse público. Meses antes, ela tinha prestado depoimento aos senadores da comissão. 

Os senadores apontaram, ainda, que Mayra cometeu crime contra a humanidade. Ela chegou a acionar o STF e pedir investigação contra a cúpula da CPI por violação de sigilo funcional e dano emocional à mulher. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já se manifestou pela rejeição do pedido.

 

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