Defensores da chapa Lula-Alckmin dizem que Moro e Ciro querem barrar vitória petista no 1º turno

Segundo informações da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Ciro e Moro - entre outros - tentarão evitar um afunilamento no pleito entre Lula e Jair Bolsonaro (PL)

15:37 | Jan. 28, 2022

Por: Filipe Pereira
Três pré-candidatos à Presidência recebem salários dos próprios partidos (foto: Divulgação)

Aliados do ex-presidente Lula (PT) e defensores de uma aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) avaliam nos bastidores que os ataques de Ciro Gomes (PDT) e do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) à chapa representam uma tentativa de impedir que o petista vença a eleição ao Planalto já no primeiro turno. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Pesquisas mostram que o ex-presidente tem chances reais de vencer a eleição já na primeira etapa da disputa. A análise é a de que Moro e Ciro, que brigam pela terceira colocação com cerca de 8% das intenções de voto cada um, buscam desgastar a chapa Lula-Alckmin como forma de subirem nas pesquisas e forçarem a realização do segundo turno. 

Em seus últimos pronunciamentos, Moro defendeu ser necessário ter "uma cara nova" nas eleições para atacar Lula-Alckmin, e Ciro afirmou que a chapa já embute uma crise. Nenhum dos dois candidatos havia incluído críticas à chapa em seus discursos de campanha.

Segundo um dirigente do PT que preferiu não se identificar, atacar a chapa de Lula e Alckmin é a única maneira de manter viva a esperança da terceira via, pois as pesquisas mostram que tal possibilidade não vem entusiasmando o eleitorado. A tendência é de que Ciro e Moro, além dos demais candidatos, tentarão evitar um afunilamento no pleito entre Lula e Jair Bolsonaro (PL).