Lideranças do PT assinam manifesto contra chapa Lula-Alckmin; cearense integra lista
A inciativa já conta com mais de 500 assinaturas e a adesão dos ex-presidentes da legenda Rui Falcão e José GenoinoUm manifesto contra uma chapa formada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já reúne mais de 500 assinaturas na plataforma Avaaz. Participam, inclusive, lideranças do Partido dos Trabalhadores, como os ex-presidentes da legenda Rui Falcão e cearense José Genoino, irmão do deputado federal José Guimarães.
O manifesto aponta que “Alckmin participou e apoiou publicamente toda esta operação golpista e neoliberal” e “tem uma longa trajetória de combate às posições nacionais, democráticas, populares e desenvolvimentistas”.
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O grupo pede que a escolha do vice aconteça em um encontro nacional do PT e que a pessoa escolhida seja “de total confiança política e sem nenhum vínculo com o golpismo e o neoliberalismo, sob qualquer de suas formas”.
“Absolutamente nada indica que entregar a vice a um golpista neoliberal seja necessário para ganhar as eleições”, defende o manifesto.
A iniciativa também critica “atos cometidos nos governos de Alckmin contra os trabalhadores em geral, contra os servidores públicos, contra a saúde e a educação, contra a segurança pública, contra negros e negras, contra jovens e estudantes, contra os moradores da periferia, contra o meio ambiente”.
Em entrevista à jornalista Cynara Menezes, no blog Socialista Morena, o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), criticou abertamente uma eventual composição com Alckmin.
“É um erro estratégico brutal. Além de tudo, para quem quer uma campanha aguerrida, passa um simbolismo negativo colocar um anestesista na vice. Não tem nenhum empresário que tenha se manifestado em favor dessa chapa. Nesta área em que Alckmin atrairia simpatias, ninguém se manifestou em favor de Lula”, afirmou Rui Falcão.
Nesta segunda-feira, 10, o Solidariedade oficializou convite para a filiação de Alckmin, com intuito de garanti-lo na chapa de Lula mesmo sem o PSB. O ex-tucano deixou o PSDB no último dia 15 de dezembro, após 33 anos no partido. Entre as possíveis legendas cogitadas para receber o ex-governador de SP esteve o PSB de Gilberto Kassab.
Lula e Alckmin se reuniram em jantar, no último dia 20 de dezembro, em São Paulo, promovido pelo grupo de advogados antilavajatistas Prerrogativas. O encontro marcou a aproximação dos adversários históricos, sinalizando uma possível união nas eleições de 2022 para derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nomes de peso do PT são entusiastas da composição e estiveram presentes no encontro, como a atual presidente do partido Gleisi Hoffmann e o ex-governador de SP Fernando Haddad.
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