Dez estados podem contar com palanque duplo nas eleições; veja lista
Segundo reportagem do Estadão, em outros casos, candidatos à sucessão de Jair Bolsonaro podem apoiar mais de um nome em função de suas aliançasAs eleições deste ano podem contar com pelo menos dez estados brasileiros onde candidatos a governador devem contar com apoio de dois ou mais presidenciáveis. Segundo reportagem do Estadão, em outros casos, candidatos à sucessão de Jair Bolsonaro podem apoiar mais de um nome em função de suas alianças.
Faltando poucos meses para o pleito, a indefinição para a composição das chapas e alianças e os últimos dados das pesquisas de intenção de voto já ventilam a grande possibilidade de crescimento dos palanques duplos.
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As regiões onde mais possuem possibilidade de tal formação é aqueles que os candidatos são filiados ao PT, PSB e PDT. A questão ganha mais força, pois petista e socialistas negociam o acordo para uma Federação e, mais adiante, a definição de um eventual nome do PSB para sair na chapa presidencial com Lula. Os acordos ainda não foram fechados devido posicionamentos divergentes entre diretórios estaduais.
Um exemplo é São Paulo, onde há possibilidade de Fernando Haddad e Márcio França - pré-candidatos ao governo - andarem ao lado de Lula nas campanhas, caso PSB e PT não fecham acordo. O mesmo é observado em Pernambuco, região onde o PT considera indicar o senador Humberto Costa ao Executivo. De grande força para o PSB, o estado é comandado pela sigla desde 2007. Porém, com a negativa do ex-prefeito do Recife Geraldo Júlio em concorrer ao cargo, a legenda não possui nome para este ano.
Outra questão é a desidratação da candidatura presidencial de Ciro e o impacto do fenômeno para os candidatos aos governos estaduais. Com as pesquisas de intenção de votos indicando a força de Lula em primeiro ligar nas eleições, dúvidas sobre a viabilidade do ex-ministro têm levado políticos a considerarem o pedetista e o ex-presidente em suas campanhas.
No Rio de Janeiro, ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) já mobiliza suas forças políticas para formar uma chapa ao governo local. Filiados ao PT por duas décadas, o gestor disputa o apoio de Lula com o pré-candidato do PSB, Marcelo Freixo. O plano petista é avaliar uma candidatura do presidente da Assembleia, André Ceciliano.
No Ceará, o pré-candidato da oposição Capitão Wagner (Pros), por exemplo, já se mostrou fiel a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, no seu rol de apoiadores, ele conta com o senador Eduardo Girão (Podemos), do mesmo partido de Sérgio Moro, também pré-candidato ao Planalto. O jogo entre ambos pode indicar um possível palanque duplo para o ex-juiz e o atual mandatário.
Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Junior (PSD), aliados de Bolsonaro, articulam para ter o apoio de Moro em busca de suas reeleições. Base de Ratinho na Assembleia do Paraná, o Podemos quer apoio do gestor para tentar uma candidatura de Álvaro Dias à reeleição no Senado em troca da manutenção da aliança.
Por outro lado, aliados do chefe do Executivo nacional consideram o pacto uma traição a Bolsonaro. Já em Minas, Moro busca diálogos com Zema em prol de uma aliança. Situação semelhante também acontece nos estados do Maranhão, Paraíba e Sergipe, onde respectivamente, Weverton Rocha (PDT), Lígia Feliciano (PDT) e Edvaldo Nogueira (PDT) podem fazer palanque para Lula e Ciro. Já no Espírito Santo, Renato Casagrande pode apoiar Lula, Ciro e Sergio Moro.
Lista de estados com possibilidade de palanque duplo:
Maranhão
Paraná
Espírito Santo
Paraíba
Rio de Janeiro
São Paulo
Ceará
Minas Gerais
Pernambuco