Bolsonaro defende trocar governador e deputados no Ceará para mudar segurança e fala em Wagner

"Tem um capitão da PM que é candidato a governador do Ceará. A oportunidade de mudar, de dar uma guinada dessa política de combate à violência no seu estado", afirmou o presidente sobre Capitão Wagner

13:46 | Jan. 14, 2022

Por: Agência Estado
WAGNER e Bolsonaro têm ficado cada vez mais próximos (foto: Aurélio Alves/O POVO)

O presidente Jair Bolsonaro defendeu a mudança no governo do Ceará e na bancada de deputados estaduais como forma de resolver os problemas da segurança pública no Estado. A declaração foi dada em entrevista gravada na quinta-feira, 13, para a Rádio Uirapuru Jaguaribana, do Ceará, e foi ao ar hoje. O Estado é governado pelo petista Camilo Santana, com apoio do pré-candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes, rival de Bolsonaro no cenário eleitoral.

"Tem um capitão da PM que é candidato a governador do Ceará. A oportunidade de mudar, de dar uma guinada dessa política de combate à violência no seu estado", afirmou Bolsonaro. No Ceará, o deputado federal Capitão Wagner (Pros), aliado do presidente, se movimenta para concorrer ao governo estadual em outubro.

Ao falar sobre o fechamento de atividades durante a pandemia de covid-19, medida orientada por autoridades sanitárias e especialistas, Bolsonaro voltou a questionar os resultados da eleição pela urna eletrônica. O presidente também citou a reeleição do prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), em 2020.

"A gente não consegue entender isso. Será que as eleições foram limpas no tocante à apuração? Será? Não sei, porque eu acho um absurdo um cara desse que agiu dessa maneira conseguir uma reeleição."

O PT, partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais, foi o principal alvo dos ataques de Bolsonaro durante a entrevista.

 

Ao falar sobre o Auxílio Brasil de R$ 400, o presidente afirmou que o Executivo viabilizou essa despesa dentro do Orçamento e que as administrações petistas não tinham essa responsabilidade com o Bolsa Família.

O benefício só foi aprovado, no entanto, após o governo Bolsonaro patrocinar uma alteração no teto de gastos e um limite ao pagamento de precatórios da União, medidas aprovadas pelo Congresso.