Bolsonaro ataca Camilo e diz que governadores do PT fizeram "algo de assombrar" na pandemia

Em entrevista à TV Jovem Pan, o presidente disse ainda se considerar "a pessoa mais importante do Brasil" no momento após evitar que Brasil virasse uma Venezuela

17:35 | Jan. 10, 2022

Por: Filipe Pereira
Presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT). (foto: Anderson Riedel / PR e Thais Mesquita / O POVO)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta segunda-feira, 10, os gestores estaduais por atuação durante a pandemia da Covid-19.  Em entrevista à TV Jovem Pan, após se considerar "a pessoa mais importante do Brasil" no momento, o chefe do Executivo Federal atacou "governadores petistas", entre eles Camilo Santana, do Ceará. 

“Eu acredito que sou a pessoa mais importante do Brasil no momento. Se tivesse no meu lugar um petista, eu acho que esse Brasil já era uma Venezuela”, disse. Ele também reforçou críticas contra governadores. “O que os governadores petistas fizeram nos seus estados foi algo de assombrar, como na Bahia e em outros estados de esquerda também, como Ceará”, acrescentou.

Não é a primeira vez que Bolsonaro levanta críticas ao governo cearense. Em agosto de 2020, durante visita ao Ceará e junto à sua comitiva para desembarcar no município de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, Bolsonaro disse que Camilo atuou de forma "criminosa e maldosa" ao decretar as medidas sanitárias, como lockdown e isolamento social.

"Essa medida, por alguns governadores, dentre eles deste estado, foram além de impensadas, foram muito mal recebidas pela população, mandar ficar em casa sem prover ganhos para sua subsistência, isso é mais do que uma maldade, é um ato criminoso", disse o presidente.

Posteriormente, Camilo respondeu as críticas do presidente defendendo que "criminoso é ignorar a perda de mais de meio milhão de vidas na pandemia e ainda debochar da dor das famílias", em referência à postura de Bolsonaro na condução da pandemia no País.

Nesta segunda, o mandatário defendeu ainda que o lockdown e outras ações para conter o avanço da Covid-19 no Brasil não passaram de um plano de outros políticos para desgastar sua gestão.

“No meu entender, [o lockdown] foi um trabalho orquestrado para tentar, pela economia, me desgastar. É comum em um país como o Brasil, tudo o que acontece a pessoa apontar primeiro para o presidente da República: ‘ele é o responsável’”, disse o presidente.