Ator de Eduardo e Mônica diz que cultura, na gestão de Bolsonaro, é conduzida por ressentidos
Gabriel Leone ainda descreve condução do presidente na pandemia como genocida
22:27 | Jan. 09, 2022
Para o ator Gabriel Leone, faltam adjetivos para descrever a condução do presidente Jair Bolsonaro (PL) na pandemia. “Genocida acima de tudo”, afirma o ator do filme "Eduardo e Mônica", baseado na música de Renato Russo, com título homônimo, que tem estreia nos cinemas marcada para o próximo dia 20. No que se refere à gestão da cultura, ele argumenta que a pasta segue conduzida por “ressentidos”.
"É muito claro o projeto de combater a classe artística, porque é uma classe que por meio da arte tem a possibilidade de fazer refletir, questionar, apontar as questões da sociedade e gerar reflexões. Sempre foi assim e sempre vai ser. Os artistas são os primeiros a serem calados e atacados", diz o ator, em entrevista à Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
"Na minha opinião, a [pasta da] cultura [sob Bolsonaro] foi e continua sendo conduzida por ressentidos. Pessoas que se sentem ressentidas artisticamente e que desenvolveram esse ódio pela própria classe", segue. "Tudo o que eles puderem fazer para atrapalhar, desvalorizar e diminuir a cultura brasileira, eles vão fazer”, acrescenta.
Segundo Leone, “fazer arte, principalmente no Brasil, é sinônimo de resistência”. Por isso, ele acredita que a classe vai “sair dessa”. O ator tem 620 mil seguidores no Instagram e diz ter admiração por aqueles artistas que se posicionam politicamente nas redes sociais.
"Em um momento em que informações falsas e manipuladas são disseminadas a torto e a direito nas redes sociais, temos essa oportunidade de nos posicionar. Acho que isso é um ouro nas mãos", adiciona.
Além do filme, Gabriel Leone está atualmente na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo, e na série “Dom”, da Amazon Prime Video.