Bolsonaristas defendem Djokovic por decisão de não apresentar comprovante vacinal
No Congresso Nacional, aliados do presidente da República apoiaram a atitude do sérvio, entre eles os deputados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli
18:11 | Jan. 07, 2022
A polêmica envolvendo o tenista sérvio Novak Djokovic e o governo australiano teve reflexos na política brasileira nesta quinta-feira, 6. O atleta teve seu visto negado no desembarque em Melbourne por não estar vacinado. Ele chegou à cidade para participar do torneio Australian Open.
No Congresso Nacional, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) apoiaram a atitude. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chamou a decisão da Austrália de “autoritária”. O filho do presidente também questionou seus seguidores se a admiração deles pelo tenista número 1 do mundo aumentou por ele não se vacinar.
“Cientistas censurados, cidadão bloqueados, senhoras algemas e agora esportista detido. Este autoritarismo disfarçado de sanitário só vai acabar quando a população assim determinar”, declarou o 03 no Twitter, vacinado contra a Covid-19.
Cientistas censurados, cidadão bloqueados, senhoras algemas e agora esportista detido. Este autoritarismo disfarçado de sanitário só vai acabar quando a população assim determinar.
Mais alguém aí admira Djokovic por ser um defensor das liberdades? pic.twitter.com/xDSINCV9LU
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) também defendeu o sérvio nas redes sociais. “Força, Djokovic”, disse a deputada governista. Em imagem compartilhada no Twitter, Zambelli afirmou que passamos por “tempos sombrios” e que o tenista está “preso” na Austrália.
Força, @DjokerNole pic.twitter.com/fYhwW6YpcX
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) January 6, 2022O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, criticou a atuação de Djokovic no caso. “O visto de Djokovic foi cancelado. Regras são regras, especialmente quando se trata de nossas fronteiras. Ninguém está acima dessas regras. Nossas fortes políticas de fronteira têm sido fundamentais para que a Austrália tenha uma das taxas de mortalidade mais baixas do mundo devido à Covid. Continuamos vigilantes”, destacou o premiê.