TCU determina que consultoria revele valores pagos a Sérgio Moro; ex-juiz repudia "insinuações levianas"
Moro foi às redes sociais logo após a decisão para rebater as acusações: "Trabalhei 23 anos na carreira pública. Lutei contra a corrupção neste país como ninguém jamais havia feito. Deixei o serviço público e trabalhei honestamente no setor privado para sustentar minha família. Nunca paguei ou recebi propina, fiz rachadinha ou comprei mansões"O Tribunal de Contas da União (TCU), por meio do ministro Bruno Dantas, determinou que a empresa Alvarez & Marsal esclareça quanto pagou ao ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) após o presidenciável deixar os quadros da empresa, numa rescisão contratual em outubro, para entrar na política. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
De acordo com as informações, o ministro atendeu a um pedido feito pelo Ministério Público (MP) no início deste mês. Dantas solicitou ainda um levantamento de todos os processos de recuperação judicial em que a Alvarez & Marsal atuou no período da Operação Lava Jato, investigação da Polícia Federal comandada por Moro e que o projetou nacionalmente.
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O ministro quer saber se a Alvarez & Marsal, que atua na recuperação judicial da Odebrecht, foi beneficiada ao se envolver na recuperação da empreiteira e de outras organizações investigadas por Moro enquanto era juiz. A decisão pede informações sobre empresas em processo de recuperação judicial e o número de processos em que a consultoria atua na qualidade de administradora judicial nos últimos oito anos.
Moro repudiou o que chamou de “insinuações levianas” do procurador do TCU e lamentou o ocorrido. “Trabalhei 23 anos na carreira pública. Lutei contra a corrupção neste país como ninguém jamais havia feito. Deixei o serviço público e trabalhei honestamente no setor privado para sustentar minha família. Nunca paguei ou recebi propina, fiz rachadinha ou comprei mansões", escreveu o presidenciável em seu perfil no Twitter.
E seguiu: “Não enriqueci no setor público e nem no privado. Não atuei em casos de conflito de interesses. Repudio as insinuações levianas do Procurador do TCU a meu respeito e lamento que o órgão seja utilizado dessa forma”, concluiu.
Não enriqueci no setor público e nem no privado. Não atuei em casos de conflito de interesses. Repudio as insinuações levianas do Procurador do TCU a meu respeito e lamento que o órgão seja utilizado dessa forma.