Toalhas de Bolsonaro vendem mais que as de Lula em semáforo em Fortaleza
Zedequias Serafim toma a experiência como uma espécie de "pesquisa de rua" e conta, admirado, maior tiragem de toalhas do presidente Jair BolsonaroO pernambucano Zedequias Serafim, 58, chegou a Fortaleza há um mês com a novidade: toalhas com os rostos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estampadas. Ele conta que teve a ideia há cerca de cinco meses, após perceber uma defesa fanática dos políticos. "Não é mais política, isso aí criou tipo uma religião", afirma, enquanto expunha toalhas perto do Centro Fashion.
Ele relata que, a princípio, decidiu confeccionar R$ 100,00 em toalhas com a foto do atual presidente e vendeu todas no período de seis dias. Inicialmente, a ideia não foi bem recebida pelo amigo de Zedequias, responsável pela produção das toalhas, que não apostava no sucesso do material. Com a boa adesão dos clientes, o vendedor conta que continuou a encomendar mais quantidades.
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De passagem por Fortaleza, ele relata que resolveu apresentar o seu produto na Capital cearense e "estourou". O vendedor aponta ainda, surpreendido, maior tiragem de toalhas do presidente Jair Bolsonaro.
Em um pedaço de papel, ele mostra o balanço das compras do dia. Só nesta sexta-feira, 24, até o começo da tarde, Zedequias já havia vendido 17 toalhas de Bolsonaro e quatro de Lula.
O número, no entanto, é resultado de um dia "fraco" de vendas. No levantamento do mês de dezembro, ele afirma que das 900 que dispunha de Bolsonaro, saíram aproximadamente 660, enquanto das 160 de Lula, restam 30.
O pernambucano toma a experiência como uma espécie de "pesquisa de rua". "A aceitação a gente está vendo que está muito mais [para Bolsonaro]. Eu não imaginava que aqui em Fortaleza ele tinha essa aceitação. Porque aqui é PT, você sabe, do governador, todo mundo...", afirma.
A fila de toalhas com a imagem dos adversários políticos disposta lado a lado chama atenção de quem passa pela Avenida Filomeno Gomes e gera burburinho. Zedequias, por sua vez, não se intimida. "Uns criticam, outros comentam, mas eu não quero trabalhar só com um. Se botar alguma de Moro aqui eu vendo também. Eu quero é vender", afirma.