Cearense acha Bolsonaro melhor no combate à pandemia que na média do governo
A avaliação é melhor ainda sobre a atuação do presidente na vacinação contra a Covid-19. Ainda assim, em todos os casos, a maioria desaprova Bolsonaro
A avaliação do presidente Jair Bolsonaro no Ceará não está boa, conforme mostrou a pesquisa Opnus, divulgada com exclusividade pelo O POVO. Porém, de acordo com o mesmo levantamento, a percepção dos cearenses sobre a postura do presidente no combate à pandemia de coronavírus é melhor que a avaliação média do governo. A avaliação é melhor ainda sobre a atuação do presidente na vacinação contra a Covid-19. Ainda assim, em todos os casos, a maioria desaprova Bolsonaro.
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O presidente tem 65% de desaprovação no combate à pandemia. É significativo, mas melhor que os 73% de desaprovação que obtém quando os cearenses são questionados a avaliar o governo de forma geral. Quando a avaliação foi feita sobre a atuação de Bolsonaro em relação à vacinação, o presidente alcança resultado ainda menos negativo de desaprovação: 51%.
A aprovação é de 32% para a atuação do presidente contra a pandemia, 46% na vacinação e 25% no desempenho geral da administração.
A pesquisa foi realizada de 4 a 11 de dezembro. Foram feitas entrevistas presenciais domiciliares com 2.200 pessoas de 101 municípios do Estado do Ceará. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Somas que não fecham 100% se devem a arredondamentos.
Bolsonaro tem sofrido críticas por rejeitar medidas sugeridas pelas autoridades de saúde e por negar a eficácia das vacinas em vários momentos — inclusive agora critica a vacinação de crianças. A melhor avaliação do presidente no enfrentamento à pandemia e na atuação sobre a vacinação pode ser vista como indicativo de que a posição dele tem adesão. Porém, as avaliações do governador Camilo Santana (PT) e do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), são ainda melhores nesses quesitos. E ambos vão na contramão do presidente.
Camilo tem aprovação média de 78%, de 85% no enfrentamento à pandemia e de 94% em relação à vacinação.
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