70 anos de telenovelas no Brasil: relembre personagens políticos mais marcantes

Ao longo desses anos, foram inúmeros enredos e personagens que já fazem parte do imaginário nacional; relembre de nomes como Odorico Paraguaçu e Ypiranga Pitaguary

Nesta terça-feira, 21, o Brasil celebrou os 70 anos da exibição da primeira telenovela. Há sete décadas, em 21 de dezembro de 1952, "Sua Vida me Pertence", da TV Tupi, ganhava os lares brasileiros. O folhetim tinha apenas dois capítulos por semana, ainda em preto e branco. Ao longo desses anos, foram inúmeros enredos e personagens que já fazem parte do imaginário nacional, entre eles personalidades da política, que reproduzem estereótipos já bastante conhecidos.

Um dos mais famosos políticos das telenovelas brasileiras, Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), personagem principal de "O Bem Amado", sonhava em inaugurar o cemitério de Sucupira, cidade onde era prefeito. Como ninguém morria, Odorico contratou Zeca Diabo (Lima Duarte), um matador incumbido de providenciar um defunto para a inauguração do cemitério.

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O Bem Amado foi a primeira telenovela exibida em cores e voltou a ser assunto após inúmeras comparações entre o prefeito de Sucupira e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a pandemia de covid-19, circulou na internet uma cena da novela na qual Odorico desvia vacinas que poderiam conter uma epidemia na cidade. Ao ser alertado do risco de mortes, o gestor responde: “E daí?”.

Relembre outros personagens políticos que fizeram sucesso. 

1985 - Florindo Abelha (Roque Santeiro): o prefeito de Asa Branca assinava apenas os desmandos de Sinhozinho Malta, personagem de Lima Duarte, quem de fato mandava na cidade onde se desenrolava o enredo.

Florindo Abelha interpretado por Ary Fontoura
Florindo Abelha interpretado por Ary Fontoura (Foto: Cedoc/TV Globo)

1989 - Ascânio (Tieta): Ascânio, vivido por Reginaldo Faria, era secretário do prefeito de Santana do Agreste. Idealista e honesto, o personagem lutava pelo desenvolvimento da cidade.

Ascânio interpretado por Reginaldo Faria
Ascânio interpretado por Reginaldo Faria (Foto: TV Globo)

1989 - Sassá Mutema (O Salvador da Pátria): o boia-fria Sassá Mutema (Lima Duarte) é manipulado pelo deputado Severo Toledo Branco (Francisco Cuoco) e acaba confessando um assassinato que não cometeu. Quando a verdade vem à tona, ele se torna uma espécie de mártir e acaba eleito prefeito de Tangará, com a ajuda de políticos tradicionais. No poder, ele rompe com os caciques que o ajudaram a ser eleito para levar adiante suas ideias.

Sassá Mutema interpretado por Lima Duarte
Sassá Mutema interpretado por Lima Duarte (Foto: Acervo/TV Globo)

1993 - Demóstenes Maçaranduba de Pinho (Fera Ferida): o corrupto Demóstenes (José Wilker) era o prefeito de Tubiacanga. Inescrupuloso e canalha, assumiu a gestão da cidade onde se passava a trama escrita por Aguinaldo Silva. Ele vivia um romance com Rubra Rosa, esposa de Numa, seu rival político em Tubiacanga.

Demóstenes era interpretado por José Wilker
Demóstenes era interpretado por José Wilker (Foto: TV Globo)

1996 - Senador Roberto Caxias (O Rei do Gado): Carlos Vereza interpretou o senador Roberto Caxias. Político exemplar, idealista, honesto e realmente preocupado com as questões ligadas à terra. Era geralmente visto com desdém por seus colegas políticos, mas muito respeitado pela população.

O senador era interpretado por Carlos Vereza
O senador era interpretado por Carlos Vereza (Foto: Acervo/TV Globo)

1997 - Ypiranga Pitiguary (A Indomada): prefeito de Greenville, vivia à sombra do sogro Pitágoras, outro político corrupto. Ypiranga era bem “criativo” em suas funções. Metido a galã, o personagem de Paulo Betti fazia questão de ser polêmico e tinha fama de maluco. Na verdade, cumpria as ordens do sogro Pitagoras (Ary Fontoura).

Ypiranga era interpretado por Paulo Betti
Ypiranga era interpretado por Paulo Betti (Foto: Cedoc/TV Globo)

2001 - Félix Guerreiro (Porto dos Milagres): explorava os moradores da cidade. Na trama, o político, personagem de Antônio Fagundes, enfrenta o pescador Guma (Marcos Palmeira), seu sobrinho, nas urnas, e perde.

Félix era interpretado por Antônio Fagundes
Félix era interpretado por Antônio Fagundes (Foto: TV Globo)

2004 - Reginaldo (Senhora do Destino): Reginaldo (Eduardo Moscovis) se tornou prefeito de Vila São Miguel, cidade onde se passava a novela de Aguinaldo Silva, e iniciou as práticas de falcatruas e corrupção. Ambicioso, o político teve um caso secreto com Viviane, sua secretária. Cúmplice de Reginaldo, Viviane participava dos desvios, sequestros e assassinatos cometidos pelo político. Na reta final da novela, os crimes de Reginaldo são descobertos e ele morre apedrejado pela população.

Reginaldo era interpretado por Eduardo Moscovis
Reginaldo era interpretado por Eduardo Moscovis (Foto: TV Globo)

2009 - Elias (A Favorita): Interpretado por Leonardo Medeiros, Elias era um prefeito visto como honesto, mas que vivia com duas esposas, empregadas em seu gabinete. Uma delas, Denina, tem um caso com seu amigo, Damião, personagem de Malvino Salvador.

Elias era interpretado por Leonardo Medeiros
Elias era interpretado por Leonardo Medeiros (Foto: TV Globo)

2012 - Ramiro Bastos (Gabriela - remake): Interpretado por Antônio Fagundes, Ramiro é um típico coronel do sertão que tenta eliminar todos os seus adversários. 

O Coronel era interpretado por Antônio Fagundes
O Coronel era interpretado por Antônio Fagundes (Foto: TV Globo)

2013 - Zico Rosado (Saramandaia - remake): Zico, personagem vivido pelo ator José Mayer, ganhou o título de prefeito mais corrupto da região de Bole-Bole, cidade fictícia.

Zico Rosado era interpretado por José Mayer
Zico Rosado era interpretado por José Mayer (Foto: TV Globo)

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