Ciro diz que policiais federais "não encontram nada e até pediram desculpas" após cumprirem mandado em sua residência

A Polícia Federal deflagrou operação nesta quarta-feira para apurar supostas fraudes e pagamento de propina a servidores para suposto favorecimento à empresa Galvão Engenharia, vencedora de licitação de obras do Castelão

O ex-ministro, ex-governador e atual pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), afirmou que os policiais federais que cumpriram mandado de busca e apreensão em sua casa, nesta quarta-feira, 15, “não encontraram nada e até pediram desculpas” após o ocorrido. O pedetista, e seu irmãos Lúcio Gomes e Cid Gomes (PDT), estão sendo investigados no âmbito da Operação Colosseum, por suspeitas de fraudes e pagamento de propinas em obras do estádio Castelão entre os anos de 2010 e 2013, para a Copa do Mundo de futebol de 2014, quando Cid era governador do Estado.

"Recebi a visita aqui, aliás, muito correta. Não aconteceu nada, não encontraram nada e até pediram desculpa. E foram embora. Enfim, está tudo certo e eu vou processar todos os que são responsáveis", disse Ciro Gomes em entrevista ao jornalista José Luiz Datena.

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O Ferreira Gomes criticou a operação, que avaliou como resultado da “intrusão” do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. “Depois de 40 anos de vida pública, em que eu me comporto e jamais foi sequer levantado contra mim, qualquer suspeita, nesses tempos de um canalha como Bolsonaro, a Polícia Federal veio na minha casa”, relatou ao jornalista.

Ciro defendeu a investigação, argumentando que “nenhum cidadão está acima da lei e toda denúncia tem que ser apurada”. E completou: “Eu acho que todo mundo pode e deve ser investigado, se houver qualquer tipo de denúncia ou acusação. [...] E quem aceita a vida pública por vocação também tem que ter a serenidade dos inocentes, se for inocente, para aceitar essa investigação”, explicou o ex-ministro.

Durante a entrevista, o pedetista rebateu as acusações que estão sendo feitas contra ele, afirmando que não estava envolvido no Governo do Ceará, no período das licitações supostamente fraudulentas. De acordo com Ciro, outra arbitrariedade é o fato do juiz o ter arrolado como “agente público” à época. Contudo, o último cargo que ele exerceu teria sido de deputado federal entre 2006 e 2010.

O presidenciável também afirmou que a licitação em questão “foi decidida pelo menor preço” e o dinheiro para o pagamento das faturas não vinha do tesouro do Estado do Ceará, e sim do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

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