Ciro agradece a Lula por solidariedade após ser alvo de operação da Polícia Federal
Ex-aliados e atualmente adversários políticos na disputa pelo Planalto, Ciro e Lula têm mantido uma relação com histórico de atritos. O pedetista ataca o ex-presidente em peças publicitárias divulgadas em suas redes sociais e entrevistas à imprensa
12:10 | Dez. 15, 2021
O ex-ministro e presidenciável do PDT Ciro Gomes agradeceu ao ex-presidente Lula (PT) por ter se solidarizado com ele e o seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), após ambos tornarem-se alvos de operação da Polícia Federal (PF) que investiga suspeitas de pagamento de propina por obras do estádio Castelão para a Copa de 2014.
"Obrigado presidente Lula. O estado policial de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os democratas. Me considero na obrigação de dar todos os esclarecimentos necessários, em respeito ao povo brasileiro, e o farei", escreveu Ciro em resposta à postagem de Lula sobre o tema.
Ex-aliados e atualmente adversários políticos na disputa pelo Planalto, Ciro e Lula têm mantido uma relação com histórico de atritos. O pedetista ataca o ex-presidente em peças publicitárias divulgadas em suas redes sociais e entrevistas à imprensa.
Recentemente, Ciro acusou Lula de conspirar para concretizar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Em resposta, o petista afirmou que Ciro age de forma "banal e grosseira", além de ter se questionado se o pedetista sofreu algum tipo de sequela no cérebro devido ao coronavírus.
"Eu às vezes fico pensando, não sei se o Ciro teve Covid ou não, mas me disseram que quem tem Covid tem problemas de sequelas, alguns têm problema no cérebro, de esquecimento, eu não sei. Mas não é possível que um homem que pleiteia a Presidência da República possa falar as baixarias que ele falou ontem", disse Lula em entrevista à Rádio Grande FM em outubro deste ano.
Nesta quarta-feira, 15, Lula e Ciro deixaram as divergências de lado por um momento e interagiram no Twitter. O petista prestou solidariedade a Ciro e Cid alegando que eles "tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea" e que ambos "merecem ser respeitados".
Já Ciro alertou para os riscos do "estado policial de Bolsonaro", que considera ser uma "ameaça à democracia e a todos os democratas".