Após perder lugar para Moro em pesquisas, Ciro parte para o ataque em novo vídeo
O pedetista vem estagnando nas pesquisas eleitorais e perdido espaço na chamada "terceira via"
11:07 | Dez. 09, 2021
O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) divulgou um vídeo, nesta quinta-feira, 9, onde lança ataques a vários de seus adversários para as eleições presidenciais de 2022. Em tom agressivo, o pedetista diz que “o país afunda, o povo morre de fome”, e começa fazendo referência ao tucano João Doria ("calças engomadas"), ao ex-ministro Sérgio Moro ("togas sujas"), ao presidente Jair Bolsonaro ("fardas rotas") e ao ex-presidente Lula ("macacões de bolso de fundo falso").
Os farsantes da política estão aí, desfilando sua demagogia e cara de pau, enquanto o povo sofre com a fome, o desemprego e a inflação. Eles não têm ideia de como tirar o país desse atoleiro, mas seguem com suas presepadas. Em breve, terão a resposta que merecem. #CiroTáAvisando pic.twitter.com/1LAr3YZtDR
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 9, 2021Na peça eleitoral, Ciro afirma: “Nenhum deles exprime uma única ideia pra tirar o Brasil do atoleiro. (...) Dois deles [Bolsonaro e Doria], que já ocupam cargos importantes e têm índices baixíssimos de aprovação popular, pois fracassaram no governo, têm a cara de pau de se lançar candidatos a presidente”.
Logo depois, o presidenciável escolhe Moro para concentrar seus ataques mais severos. “Tenta agora atrair para formar uma equipe capaz de levar o Brasil do nada a lugar nenhum. Isso tudo depois de ter participado de um governo bandido, de ter enchido o bolso de dólar no exterior e de não saber nada, nem de economia, nem de saúde, nem de educação”, afirma.
A manifestação é reflexo do espaço que Ciro vem perdendo para o ex-juiz dentro das candidaturas da “terceira via”. Segundo pesquisa Quaest/Genial divulgada nesta quarta-feira, 8, na briga pela terceira posição, Sergio Moro aparece à frente do pedetista, com 10% das intenções de voto. Ciro tem 5%.
Diante da estagnação de Ciro nas pesquisas eleitorais para a corrida presidencial de 2022, acentuaram-se os questionamentos internos sobre a viabilidade da pré-candidatura do político cearense. Aliados já falam em traição por parte de alguns correligionários e apostam até numa eventual desistência do pedetista.