Bolsonaro rebate Moro sobre ter comemorado soltura de Lula: "Mentiroso desvelado"
Em live realizada nesta quinta-feira, 2, presidente não poupou críticas ao ex-ministro da Justiça e pré-candidato à presidência pelo Podemos
23:27 | Dez. 02, 2021
Ao comentar uma matéria veiculada nesta quinta-feira, 2, no O POVO, o presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos), que o acusou de ter comemorado a soltura do ex-presidente Lula (PT). “Pelo amor de Deus, cara. Falta de caráter. Saiu do governo pela porta dos fundos, traindo a gente. [...] Mentiroso deslavado”, disparou Bolsonaro, enquanto exibia print da notícia, compartilhada nas redes sociais. As declarações foram dadas durante a tradicional live realizada pelo presidente às quintas-feiras.
Mais cedo, em entrevista à rádio Jovem Pan Paraná, Moro disse que o presidente teria celebrado a liberdade do petista por acreditar que a sua saída da cadeia poderia ampliar o cenário de polarização política e isolar nomes da chamada terceira via, que tem o ex-ministro como um de seus principais representantes.
“Ele diz que ouvia no Palácio que eu achava que era bom politicamente. Tá de brincadeira”, rebateu Bolsonaro. O presidente também reafirmou que a saída do então ministro do governo foi motivada por uma suposta negociação por uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). “Queria trocar uma vaga no STF para que eu indicasse o diretor da PF, e isso é prerrogativa do presidente”, afirmou Bolsonaro.
Leia mais
Sobre o desempenho do ex-ministro como pré-candidato às eleições de 2022, Bolsonaro não poupou críticas. “Falta de caráter é o mínimo que posso falar desse cara. Tem o direito de se candidatar e o povo vai saber se merece ou não o voto. Agora, fazer campanha na base da mentira? Aprendeu rápido a velha política, hein, Moro?”, alfinetou o presidente.
Durante a live, Bolsonaro se dirigiu ao ex-ministro por cerca de seis minutos seguidos. Ele lembrou o episódio do vazamento de mensagens trocadas por Moro e os procuradores da Lava-Jato e disse ter “levantado a moral” do ex-juiz para evitar que sua imagem fosse arranhada pela divulgação da “Vaza Jato”.