Manifestantes protestam contra passaporte da vacina em Fortaleza
A Câmara Municipal aprovou requerimento para a realização de uma audiência pública que discutirá a obrigatoriedade do passaporte de vacinação na Capital
10:50 | Dez. 01, 2021
Manifestantes contrários à obrigatoriedade do passaporte da vacina em Fortaleza estão concentrados, na manhã desta quarta-feira, 1°, na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor). A Casa aprovou a realização de uma audiência pública para discutir a obrigatoriedade do passaporte de vacinação na Capital.
O pedido de audiência foi feito em setembro de 2020 pela vereadora bolsonarista Priscila Costa (PSC), publicamente contrária à instituição do documento. A parlamentar é crítica da medida obrigatória para quem quiser entrar em restaurantes, bares e eventos no Ceará, segundo anúncio realizado pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), no dia 12 de novembro.
A Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) aprovou nesta quarta-feira, 1°, requerimento para realização de uma audiência pública que discutirá a obrigatoriedade do passaporte vacinal. Manifestantes se concentram no local e protestam contra a vacinação obrigatória. pic.twitter.com/HrianOlGC8
"De que maneira podemos tornar esa campanha de imunização ainda mais responsável, com ainda mais informação e com certeza respeitando o direito de cada um? O passaporte vem retirar o direito de ir e vir do cidadão, o direito até de trabalhar, porque os funcionários poderão ser demitidos se por algum motivo não tomaram a segunda dose. E a gente vê que esse assunto deve ser debatido porque não é questão fechada", defendeu Priscila.
Junto aos manifestantes, a vereadora afirmou que a vacina e "experimental" e possívelmente nociva à adolescentes de 12 anos. Pautado pela Comissão de Saúde da Câmara, o requerimento contou com forte adesão da bancada religiosa da CMFor, entre eles o vereador Jorge Pinheiro (PSDB). O parlamentar fez duras críticas à apresentação obrigatória do documento.
"Essa vacina não é Deus que está mandando a gente dar. Eu não posso dizer 'vacina e acredite em Deus'. Eu não sou contra vacinas, mas eu fazer isso, se acontecer alguma coisa não tem dinheiro que repare isso. Se chegamos a algumas propostas para continuar a vacinação, mas não impor essa medida", disse Pinheiro.
Com informações do repórter Filipe Pereira.