Ceará foi o estado que menos contribuiu com a aprovação da PEC dos Precatórios

Dos 22 parlamentares cearenses, 15 foram contra a PEC e sete votaram a favor. Números bem diferentes da votação em primeiro turno, que aconteceu na semana passada.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios foi aprovada em segundo turno, nesta terça-feira, 9, na Câmara dos Deputados. O texto recebeu 323 votos favoráveis e 172 contrários. A bancada de deputados cearenses se destacou por ter sido a que menos contribuiu com a aprovação da medida, com 32% de apoio à aprovação do texto. Porcentagem menor que todas as demais unidades federativas do país.

Dos 22 parlamentares cearenses, 15 foram contra a PEC e sete votaram a favor. Números bem diferentes da votação em primeiro turno, que aconteceu na semana passada. Na ocasião, 12 deputados haviam dado votos favoráveis ao texto, 6 contrários e quatro não estavam presentes.

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A mudança na orientação dos votos teve grande influência do posicionamento contrário que o pré-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT-CE), demonstrou após a aprovação do texto no primeiro turno. Ciro chegou a lançar nota suspendendo sua pré-candidatura até que o PDT revisse o apoio à PEC. O ex-ministro também disse que a decisão de parte da bancada havia sido uma surpresa negativa.

As declarações de Gomes surtiram efeito sobre a bancada cearense, principalmente entre seus correligionários. O PDT tinha cinco deputados na primeira votação, que ocorreu na última quinta-feira e, desse total, quatro haviam votado a favor: André Figueiredo, Eduardo Bismark, Leônidas Cristino e Robério Monteiro. Apenas Idilvan Alencar foi contrário a PEC.

No segundo turno, o posicionamento dos parlamentares pedetistas cearenses foi bem distinto. Com seis deputados presentes – após a volta de Mauro Filho a seu mandato – toda a bancada do PDT votou contra a proposta.

Mesmo com a virada na orientação da legenda, o texto passou no segundo turno e agora deve seguir para votação no Senado. A medida é a principal aposta do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para driblar o teto de gastos e abrir espaço para novas despesas em 2022. O “furo” no limite de despesas é alcançado através de um parcelamento de dívidas de precatórios da União.

Os demais estados brasileiros e o Distrito Federal tiveram porcentagem maior de apoio à PEC. Pernambuco e Acre: 40-49%. Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia: 50-59%. Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Amazonas, Alagoas, Paraíba e Maranhão: 60-69%. Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Tocantins, Sergipe e Rondônia: 70-79%. Piauí, Paraná e Roraima: 80-88%.

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