Glêdson nega oposição a Camilo e diz votaria "tranquilamente" no petista para o Senado
| Jogo Político | Prefeito de Juazeiro do Norte afirma, no entanto, que mantém diálogo permanente com Capitão Wagner e que conversas podem "engrossar" no momento oportuno
20:10 | Out. 26, 2021
O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), reforçou apoio à eventual candidatura do governador Camilo Santana (PT) para a disputa ao Senado em 2022. Líder do Executivo municipal do terceiro maior colégio eleitoral do Estado, ele foi eleito ano passado integrando justamente a oposição ao grupo governista, apoiado por nomes como o do senador Eduardo Girão (Podemos) e do deputado federal Capitão Wagner (Pros).
No início desse mês, Glêdson anunciou, em entrevista a uma rádio local, que deve votar em Camilo para o Senado. Em entrevista nesta terça-feira ao programa Jogo Político, o prefeito de Juazeiro reiterou a tendência, mesmo seu partido optando por uma candidatura do senador Eduardo Girão ao governo.
“Tenho uma gratidão e sou do partido do Podemos. Votaria nele [Girão] para governo, vejo nele uma pessoa muito, bacana um cara do bem, mas eu falei que para senador voto no Camilo”, disse.
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“Não faço oposição ao governo Camilo. Nunca fiz. Não me dou ao luxo de falar de oposição nessa situação. Eu sou proposição e tenho problemas para resolver de Juazeiro do Norte. Política partidária, para escolha de candidaturas eu vou discutir em 2022”, completou Glêdson.
“Não devo nada a ninguém”, disse o prefeito, que também revelou diálogo constante com Capitão Wagner, pré-candidato ao Palácio da Abolição, e outros integrantes do cenário político da oposição ao Executivo estadual.
“Nossa relação com o Capitão Wagner é tranquilíssima. Eu mantenho contato com ele permanentemente. As nossas conversas entre partidos estão acontecendo normalmente e vai engrossar no momento oportuno”, disse.
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A fala de Glêdson ocorre após as especulações sobre um eventual distanciamento entre ele e Wagner. O prefeito faltou a um jantar com o deputado federal no dia 13 de outubro, no Cariri. Questionado, o Glêdson minimizou o episódio. “No dia seguinte estava marcado e eu estava presente. Esse almoço que saiu depois ele não foi um arranjo para poder corrigir minha falha, ele fazia parte de uma agenda que quando ele [Wagner] veio para o Cariri ele já estava ciente de que venha acontecer”, sinalizou.
O prefeito de Juazeiro disse ainda estar aberto tanto a ouvir críticas sobre sua aliança com o governador quanto sua aproximação com alas da oposição. “Eu tenho a liberdade de escolher e tenho sido muito claro com os que eu converso do Pros e Podemos acerca dessa questão de gratidão e aliança com o Governo do Estado, como eu tenho sido bastante claro com o governo que nem toca nesse assunto de política apartidária”, finalizou.