Em Russas, Bolsonaro confirma Auxílio Brasil de R$ 400 e promete não furar teto de gastos
Presidente disse que na cadeira presidencial não senta um comunista e que em sua sala não entram bandeiras vermelhas e criticou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid
12:28 | Out. 20, 2021
Em discurso no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe, no Ceará, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que o Brasil paga uma conta devido à “política do fique em casa e a economia a gente vê depois” com a alta da inflação, de alimentos e dos combustíveis. O gestor pregou o respeito ao teto de gastos, mas defendeu a criação do Auxílio Brasil.
Bolsonaro falou em favor da proposta por ele apresentada para a criação do Auxílio Brasil de R$ 400, programa que pretende substituir o atual Bolsa Família ligado a governos do PT. “É impossível que aqueles que mais necessitam, vivam com tão pouco. Temos a responsabilidade de fazer com que esses recursos venham do orçamento da União. Ninguém vai furar teto, nem fazer estripulia no Orçamento, mas seria extremamente injusto deixar milhões de pessoas com valor tão pouco no Bolsa Família”, afirmou.
Na última terça-feira, 19, o Planalto chegou a desistir de uma cerimônia de lançamento do Auxílio Brasil por conta da repercussão no mercado. A Bolsa entrou em queda e o dólar comercial subiu. Veículos de imprensa noticiaram ainda que havia ainda um risco de debandada da equipe econômica do governo caso o anúncio fosse formalizado.
Em Russas, o presidente disse ainda que não é possível resolver todos os problemas de uma hora para a outra, mas que está completando “três anos de mandato sem denúncias de corrupção” e lembrou ações que começaram em governos anteriores que deixaram marcas de “descaso e corrupção” com obras inacabadas.
"Aquele outro presidente (Lula) entregou obras concluídas, sim, mas em outros países como Cuba, Venezuela, Angola, Bolívia e outros. O nosso compromisso é com o povo brasileiro”, afirmou, dizendo que as instituições federais trabalham pelo Brasil. O presidente disse ainda que não concorda com a obrigatoriedade de vacinas contra Covid-19 e as propostas de passaporte da vacina. Segundo ele, “a liberdade é o bem mais sagrado da nossa vida”.
Bolsonaro disse ainda que na cadeira presidencial não senta um comunista e que em sua sala não entram bandeiras vermelhas, e criticou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que nesta quarta-feira, 20, faz a leitura do relatório final dos trabalhos e deve pedir o indiciamento do presidente por pelo menos nove tipificações penais.
Com informações do repórter Henrique Araújo