Bismarck diz que aliança PT-PDT no Ceará se fortalece com Camilo no Senado
Deputado pedetista afirmou que rusgas entre os partidos a nível nacional não interferem na aliança local das legendas
21:12 | Out. 19, 2021
O deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) defendeu, nesta terça-feira, 19, a candidatura do governador Camilo Santana (PT) ao Senado Federal nas eleições de 2022. O parlamentar afirmou ao programa Jogo Político que a eventual ida do chefe do Executivo ao Congresso Nacional pode reforçar as alianças entre PDT e PT no Ceará.
Embora petista, o governador é parte do grupo político de Ciro Gomes (PDT), provável adversário de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito presidencial. Para disputar a vaga do senador, Camilo pode contar com o apoio de ambos. Ao ser questionado sobre os impactos das divergências entre os partidos no âmbito nacional, Bismarck avaliou que a questão não afeta as tratativas estaduais para 2022.
“A aliança nacional PT e PDT é muito diferente do que nós temos no Ceará, porque nós temos como líder maior do PT o Camilo Santana, que é uma pessoa extremamente ponderada. O PT que tem um refinamento político mais constante no Ceará liderado pelo Camilo Santana, que quando se tornar senador fortalecerá ainda mais essa aliança dentro do partido”, disse o deputado, ao avaliar que a união partidária no estado “não é contaminada” pelo debate político nacional.
Sobre as recentes provocações de Ciro Gomes às lideranças petistas nas últimas semanas, o parlamentar frisou que o momento é ideal para “lavar a roupa suja”. “O que o nosso presidenciável vem tentando fazer, é apresentar uma solução mais ponderada para a nação, ou seja, uma posição que tenha propostas. Por outro lado, o momento de lavar roupa suja é esse, então é natural que nesse momento de acomodação de forças haja declarações mais ríspidas”, disse Bismarck, em defesa da candidatura pedetista ao Planalto.
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No cenário nacional, o deputado não escondeu a defesa de um nome para “terceira via” em volta de Ciro Gomes. Segundo ele, caso um candidato alternativo não apareça até 2022, o ex-presidente Lula “estará dando a reeleição a Bolsonaro", se quiser em entrar na disputa. “O seu índice de rejeição [Lula], ao que tudo indica, é maior do que o presidente Bolsonaro tem de chances de crescimento, apesar dos seus números ruins”, avaliou.
Para a disputa para o Palácio da Abolição, Bismarck considerou que o partido apresenta bons nomes em avaliação, todos já revelados pelo O POVO. Ao lembrar da avaliação do senador Cid Gomes (PDT) sobre o pleito, o parlamentar disse que o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, em comitiva pelo Interior nas últimas semanas, "é o mais preparado”. “Ele tem andado pelo Interior e precisa fazer essa divulgação, mas não necessariamente é o nome que está decidido para a disputa”, completou o pedetista.