Parlamentares cearenses repudiam veto de Bolsonaro à distribuição gratuita de absorventes
Membros da bancada cearense repudiaram a ação do presidente e defenderem a derrubada do vetoParlamentares cearenses comentaram o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao dispositivo que garantia a distribuição gratuita de absorventes higiênicos e outros cuidados básicos de saúde menstrual nas escolas públicas de ensino médio e de anos finais do ensino fundamental, e para mulheres em situação de vulnerabilidade social extrema.
A previsão, que constava no artigo 1º do projeto de lei 4968/2019, que instituí o Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos, foi barrada por Bolsonaro em decisão publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 7.
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Membros da bancada cearenses repudiaram a ação do presidente e defenderem a derrubada do veto. "Derrubar o veto de Bolsonaro à distribuição de absorventes para mulheres é dever de todos nós que amamos a vida. Só um presidente desumano é capaz de tamanha crueldade", escreveu o deputado federal José Guimarães (PT).
Derrubar o veto de Bolsonaro a distribuição de absorventes para mulheres é dever de todos nós que amamos a vida. Só um presidente desumano é capaz de tamanha crueldade.
— José Guimarães (@guimaraes13PT) October 7, 2021
O deputado André Figueiredo (PDT) também defendeu que o veto seja discutido na Câmara. "Vamos derrubar na Câmara", disse.
Bolsonaro é um machista, um misógino, um ser desprezível!
— André Figueiredo (@andrepdt12) October 7, 2021
O seu veto a distribuição gratuita de absorventes para mulheres e meninas pobres é a cara de um governo servil aos sonegadores, aos que tem offshore, como Paulo Guedes!
Vamos derrubar esse voto na Câmara!
O deputado José Airton (PT) foi outro que aproveitou a repercussão para sair em defesa da derrubada. Para ele, "vetar a distribuição de absorventes é mais uma maldade de Bolsonaro". "Menstruação é uma questão de saúde pública", refletiu.
Vetar a distribuição de absorventes é mais uma maldade de Bolsonaro. Menstruação é uma questão de saúde pública. A dignidade menstrual das estudantes de escolas públicas, das mulheres em situação de rua e vulnerabilidade social deve ser uma prioridade. Vamos derrubar esse veto!
Segundo o deputado Célio Studart (PV), a decisão mostra a "indiferença e desprezo" do governo com a temática da pobreza menstural.
VETO DO PRESIDENTE para distribuição gratuita de absorventes. A pobreza menstrual afeta milhões de mulheres brasileiras, que vivem sem o mínimo da higiene básica e até mesmo dignidade. É revoltante ver a indiferença e desprezo do governo.
— Célio Studart (@CelioStudart) October 7, 2021
"Como pode uma criatura ser tão ruim assim?", indagou o deputado Idilvan Alencar (PDT):
Como pode uma criatura ser tão ruim assim? https://t.co/OdzOb81Dtx
— Idilvan Alencar (@IdilvanAlencar) October 7, 2021
Já a deputada Luizianne Lins (PT) defendeu que se trata de mais um "ataque cruel de Bolsonaro contra as mulheres":
Mais um ataque cruel de Bolsonaro contras as mulheres. Ele vetou PL que aprovamos na Câmara para distribuir absorventes para mulheres e adolescentes de baixa renda. É MUITA MALDADE NUMA PESSOA SÓ! #pobrezamenstrual #SaudeDaMulher #ForaBolsonaroGenocida #LulaPresidente2022
— Luizianne Lins (@LuizianneLinsPT) October 7, 2021
Além do dispositivo que garantia distribuição gratuita de absorventes menstruais, o presidente vetou mais quatro trechos do projeto. Na justificativa, Bolsonaro diz que consultou o Ministério da Economia e da Educação, que recomendaram o veto porque "a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino".
O veto pode ser mantido ou derrubado pelo Congresso Nacional no prazo de 30 dias após a publicação no Diário Oficial.
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