Onyx Lorenzoni afirma que criação do União Brasil "apaga história" do DEM

A junção entre DEM e PSL formou o novo partido União Brasil. Para Lorenzoni, essa fusão prejudica a história do DEM

O Ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, afirmou ter recebido de forma negativa a fusão entre Democratas (DEM) e Partido Social-Liberal (PSL), oficializada nesta quarta-feira, 6, que deu origem à nova legenda: União Brasil. Para o ministro, essa junção dos partidos, “apaga a história” do DEM.

Ao justificar sua oposição á unificação das siglas, Lorenzoni relembrou a antiga nomenclatura do DEM, o Partido da Frente Liberal (PFL). “O PFL, que se transformou no DEM, tem uma história de ter uma contribuição importantíssima na redemocratização do Brasil. O número 25 simbolizou isso em várias décadas, e ver uma fusão que apaga essa história é muito triste”, disse em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira, 7.

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O ministro também se mostrou decepcionado com a mudança de número da sigla, que agora, sob o nome de União Brasil, passa a ser 44. “Tínhamos a expectativa que o número 25 fosse mantido, que o partido pudesse proferir no seu estatuto o perfil de um partido liberal conservador. O que temos é um partido liberalista, o que isso significa? Nada”, disse. “Para todos aqueles que têm uma história construída na defesa das ideias liberais, foi um momento muito triste no Brasil”, complementou o membro do governo.

Para o período de janela partidária, em março do próximo ano, quando é possível fazer mudança de partido, Lorenzoni reconheceu que a fusão pode fazer com que membros venham a se desfiliar da nova legenda. “A fusão pode dar causa para saída de parlamentares? Pode, mas precisa de autorização do Tribunal Superior Eleitoral, no caso dos deputados federais, ou dos Tribunais Regionais Eleitorais, no caso dos deputados estaduais. Então, estão todos no mesmo barco”, explicou durante a entrevista.

Apoio a Jair Bolsonaro

Sobre o posicionamento do União Brasil em dar suporte ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido), Lorenzoni afirmou que, em sua maioria, membros do DEM e do PSL devem manter seus votos a favor das propostas do Executivo federal. Independente da situação da legenda, o ministro garantiu esperar que o novo partido esteja “ao lado do presidente que vem transformando o Brasil”.

“Uma coisa que deixo claro sempre é meu compromisso de lealdade com o presidente Jair Bolsonaro. Comecei a apoiar o presidente em maio de 2017. Para fazer isso, renunciei à secretaria-geral do DEM. Ajudei a coordenar o plano de governo, tive a honra de ser o ministro da transição, estou no meu quarto ministério, tenho compromisso com tudo que está sendo construído no Brasil", concluiu.

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