Doria diz que pode abrir mão de candidatura para fortalecer 3ª via contra Lula e Bolsonaro
O governador de São Paulo disse em entrevista a Veja que todos os pré-candidatos, se necessário, devem ter "humildade" e abrir mão de suas candidaturas em nome de um representante da terceira via que possa ser vencedor.O pré-candidato a Presidência João Doria (PSDB) afirmou, em entrevista nesta segunda-feira, 4, que a prioridade é vencer a polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022, nem que para isso precise abrir mão de sua candidatura, a fim de fortalecer uma terceira via.
A desistência de Doria poderia beneficiar uma alternativa de voto aos dois nomes que despontam nas pesquisas eleitorais. Sobre a terceira via, como está sendo chamada essa opção, ainda não existe uma definição de quem seria o candidato ideal para esta empreitada. Para Doria, os pré-candidatos precisam primar por um nome que tenha a capacidade de vencer.
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“Todos nós que somos pré-candidatos temos que ter a humildade de abrirmos mão, se necessário, em torno de um nome que possa ser vencedor,” afirmou em entrevista à revista Veja.
De acordo com Doria, a união é necessária neste momento. "Se ficarmos fracionados, não teremos uma terceira via. Teremos Lula ou Bolsonaro sucedendo a esse governo, o que seria um desastre", comentou. Se caso um dos dois assuma a Presidência, o governador de São Paulo declarou que “o Brasil não vai resistir”.
Sobre encontros em que foi visto com os ex-ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta, o tucano afirmou que foi apenas um diálogo, sem decisões definitivas. Moro e Mandetta são também opções para representar a terceira via. Além do próprio Doria, se destacam nomes como Ciro Gomes (PDT) e Eduardo Leite, também do PSDB.
João Doria ainda comentou sobre sua gestão caso ganhasse a disputa pela Presidência, e prometeu um governo liberal e social-democrata. "Sou liberal na economia e social-democrata no combate às desigualdades, hoje não é possível ser totalmente liberal com a pobreza no Brasil". No entanto, o governador de São Paulo afirmou que, caso veja que seu nome não tem viabilidade futuramente, deve se retirar da disputa pelo cargo de presidente do país.