Projeto de lei torna Museu da Palentologia patrimônio cultural de Santana do Cariri
O equipamento foi fundado em 1985 pela prefeitura municipal de Santana do Cariri. Em 1991, o Museu foi doado à URCA, passando a integrar a estrutura da universidade como núcleo de pesquisa e extensão
16:35 | Out. 05, 2021
O Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (Urca), em Santana do Cariri, agora é considerado patrimônio cultural do município. O prefeito Dr. Samuel (DEM) sancionou o projeto de lei municipal nº 943, de autoria do vereador Arclébio Dias (PDT). A matéria foi apresentada na Câmara Municipal no dia 30 de setembro.
Desativado desde março de 2020 devido a pandemia da Covid-19, o museu foi reaberto no dia 26 de julho, em solenidade realizada com o reitor da Instituição, Professor Francisco do Ó de Lima Júnior. Neste ano, o museu completou 33 anos com uma programação de comemoração do aniversário.
O equipamento foi inaugurado em 1985 pelo então prefeito Plácido Cidade Nuvens. Em 1991, o museu foi doado à Urca, passando a integrar a estrutura da universidade como núcleo de pesquisa e extensão.
A partir de 1997, através do projeto de implantação do Complexo Paleontológico da Chapada do Araripe, o museu tornou-se propulsor da pesquisa paleontológica, na divulgação da ciência e no apoio à cultura do Cariri. Também, através do Núcleo de Difusão Tecnológica, o museu oferece regularmente cursos, treinamentos, encontros, palestras e representa um ponto de apoio logístico para pesquisadores de todo o mundo.
O equipamento também possui acervo bibliográfico especializado (Geologia, Biologia, Paleontologia, Química, Física, entre outros), centro de intercâmbio científico, videoteca e recursos audiovisuais.
O Museu de Paleontologia mantém projetos de escavações permanentes de fósseis em toda a Bacia do Araripe, bem como coleta sistemática de fósseis nas frentes de escavações do calcário laminado, nos municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri. Esse programa é a principal ferramenta contra a exploração clandestina e o tráfico de fósseis na região. O museu recebe, em média, 2.000 visitantes por mês, sendo um dos principais centros de visitação da região do Vale do Cariri.
O atual acervo abriga vários grupos de fósseis, sendo que seus maiores representantes são: troncos petricados (por silicicação), impressões de samambaias, pinheiros e plantas com frutos; moluscos, artrópodes (crustáceos, aranhas, escorpiões e insetos); peixes (tubarões, raias e diversos peixes ósseos), anfíbios e répteis (tartarugas, lagartos, crocodilianos, pterossauros e dinossauros).
Todo esse material fossilífero é proveniente, principalmente, das Formações Missão Velha e Santana (membros Crato, Ipubi e Romualdo) da Bacia do Araripe.