Sem comprovante de vacinação em NY, Bolsonaro come pizza na calçada com ministros

Depois de entrar pela porta dos fundos do Hotel Intercontinental Barclay, em Nova York, para driblar manifestantes contrários, o presidente da República, Jair Bolsonaro, aproveitou a noite do domingo, 19, para comer pizza na calçada de um restaurante próximo ao local em que está hospedado. A pizzaria não possui espaço interno para refeições. Os clientes fazem os pedidos no balcão e retiram os produtos para viagem. No jantar, Bolsonaro esteve acompanhado de parte da comitiva que o acompanha na viagem.

O grupo está na cidade para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).

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As imagens do presidente e seus auxiliares comendo pizza na calçada foram publicadas pelo ministro do Turismo, Gilson Machado, nas redes sociais.

Além dele, também participaram do jantar o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o ministro da Justiça, Anderson Torres, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.

As regras nova-iorquinas estabelecem que restaurantes da cidade confiram se os clientes estão vacinados contra a covid-19 antes de atendê-los em espaços internos. Ao comer na rua, Bolsonaro - que tem repetido que só será imunizado depois que todos os brasileiros tenham recebido a vacina - evitou a exigência.

Não é a primeira vez que Bolsonaro escolhe lugares populares para suas refeições durante viagens oficiais. Em sua primeira missão internacional, em janeiro de 2019, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, presidente almoçou no restaurante de um supermercado local.

Horas antes do jantar na calçada, alguns poucos manifestantes contra o governo aguardavam o presidente brasileiro com faixas na porta do hotel. Não havia apoiadores do presidente no local.

Em 2019, última vez que esteve em Nova York para participar presencialmente da Assembleia-Geral, Bolsonaro encontrou à sua espera manifestantes a favor e contra seu governo. Na ocasião, ele entrou pela porta da frente do hotel.

A outros hóspedes que entravam no hotel, o pequeno grupo de manifestantes gritava em português e inglês: "Bolsonaro genocida" e "criminoso".

O avião presidencial pousou em Nova York às 16h30 do horário local. Diplomatas e seguranças esperavam o presidente na entrada, mas informaram à imprensa já perto das 18 horas que a comitiva presidencial havia entrado por uma porta traseira por determinação do Serviço Secreto americano.

Bolsonaro fará o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU na terça-feira, 21. Nesta segunda-feira, ele se reúne com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

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