56% dos brasileiros querem impeachment de Bolsonaro, aponta Datafolha

A medida é mais defendida entre pessoas mais pobres (62%), mais jovens (67%), nordestinas (67%) e estudantes (68%). Já entre aqueles que discordam estão os mais ricos (55%), empresários (69%) e evangélicos (53%)

08:52 | Set. 19, 2021

Por: Redação O POVO
A pergunta sobre o apoio ao impeachment de Bolsonaro é feita na pesquisa desde abril de 2020, quando 48% eram contrários (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A maioria dos brasileiros quer o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo levantamento do Datafolha divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo. Em pesquisa realizada entre os dias 13 e 15 de setembro, o instituto aponta que 56% da população é favorável ao encaminhamento da destituição. Foram ouvidas, presencialmente, 3.667 pessoas com 16 anos ou mais em 190 cidades.

A pergunta sobre o apoio ao impeachment é feita na pesquisa desde abril de 2020, quando 48% eram contrários. A primeira vez que a maioria mostrou-se favorável ao impeachment foi em maio deste ano — 49% favoráveis frente a 46% contrários.

Em julho essa tendência foi confirmada, e 54% dos entrevistados mostraram-se a favor do impeachment de Bolsonaro. O resultado mais recente, portanto, oscilou positivamente dentro da margem de erro de dois pontos em relação ao levantamento anterior, feito de julho.

O total de pessoas que são contrárias à medida ficou estável: 41% em setembro e 42% no levantamento anterior. Já 3% não souberam opinar.

A medida é mais defendida entre pessoas mais pobres (62%), mais jovens (67%), nordestinas (67%) e estudantes (68%). Já entre aqueles que discordam estão os mais ricos (55%), empresários (69%) e evangélicos (53%).

Reprovação bate recorde

A pesquisa do Datafolha também revelou novo recorde na reprovação do presidente da República. A avaliação negativa oscilou dois pontos percentuais para cima, em relação aos dados de julho, e atingiu 53% entre aqueles que consideram o governo ruim ou péssimo. Na última pesquisa, eram 51%.

Os que avaliam o presidente como bom ou ótimo são 22% — porcentagem que demonstra oscilação negativa em relação aos 24% de julho, quando já se tinha o pior índice da gestão. Aqueles que consideram regular totalizam 24%, mesmo índice de julho.