Datafolha: 57% não confiam nas declarações de Bolsonaro
Índice de desconfiança frente às declarações do governante atinge recorde dentro do próprio mandato, indica o levantamentoSegundo levantamento do Datafolha, mais da metade da população não acredita totalmente nas declarações proferidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com a pesquisa, 57% dos entrevistados dizem não confiar no que o mandatário diz, contra 15% que afirmam confiar sempre e outros 28% que, às vezes, confiam.
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O instituto entrevistou presencialmente 3.667 pessoas em todo o País, entre os dias 13 e 15 deste mês. A margem de erro para a pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
O índice de desconfiança contra declarações do chefe do Executivo representa um recorde no próprio mandato. Na pesquisa de julho, a taxa estava em 55%, mas a metade dos entrevistados já havia demonstrado descrença nas falas do presidente desde maio deste ano.
Mulheres e nordestinos confiam ainda menos no que é dito pelo presidente, indica o Datafolha. Entre os gêneros, o índice de desconfiança é de 52% para homens e de 61% entre pessoas do gênero feminino. No Nordeste, 66% disseram também não acreditar nas falas de Bolsonaro.
Contudo, a taxa negativa cai entre entrevistados com renda mais alta. Para aqueles com renda familiar de cinco a dez salários mínimos, o índice de suspeição cai para 48%. Enquanto isso, 26% das pessoas com renda superior a dez salários confiam nas declarações de Bolsonaro.
A pesquisa fez um recorte para eleitores que afirmam votar pela reeleição do presidente em 2022, e a taxa de confiança entre esses atinge 50% ou mais, a depender do cenário eleitoral.
Outro segmento pesquisado foi o daqueles que, além de desconfiar da veracidade das informações proferidas pelo chefe do Executivo, ainda vê chances de um golpe de Estado protagonizado por ele. Dentro desse grupo, o percentual de desconfiança chega a 85%.
O levantamento feito nesta semana ainda demonstrou que 53% dos entrevistados consideram o atual governo ruim ou péssimo, contra 22% que o avaliam como ótimo ou bom.
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