Quem é Tabata Amaral, deputada que já trabalhou em Sobral, peitou Ciro e irá se filiar ao PSB

A deputada federal foi a sexta mais bem votada no Estado de São Paulo, nas eleições de 2018

A deputada Tabata Amaral anunciou nesta sexta-feira, 17, sua filiação ao PSB, após um processo turbulento de desligamento do PDT. Depois de dois anos de disputa judicial, a parlamentar conseguiu, em maio deste ano, a autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar a sigla sem perder o mandato.

A trajetória política de Tabata é recente, e a parlamentar está em seu primeiro mandato. Em 2018, Amaral se candidatou a deputada federal de São Paulo, pelo PDT, sendo eleita com mais de 260 mil votos. A deputada, na época com 25 anos, foi a sexta mais bem votada entre os que pleiteavam a eleição parlamentar.

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A filiação ao PDT, de acordo com o site oficial de Tabata, “se deu pelo compromisso do partido com a educação pública e por conhecer de perto o trabalho exemplar da prefeitura de Sobral (CE) na área”. Amaral, que é fundadora de projetos na área da educação, chegou a trabalhar na Secretaria de Educação de Sobral, em 2013.

A deputada nasceu em Vila Missionária, periferia de São Paulo, e desde cedo se destacou nos estudos, participando de olimpíadas de matemática nacionais e internacionais. Com bolsa de estudos em escola particular, Tabata concluiu o ensino médio com diversas premiações, desempenho que a levou a conquistar uma bolsa para estudar Astrofísica em Harvard.

Além do curso na área de Exatas, a jovem também se formou em Ciência Política pela mesma universidade. A formação superior intensificou o interesse de Tabata por estudos ligados aos problemas da educação pública no Brasil. A política fundou a organização não governamental Mapa Educação, em 2013, e em 2017 também participou da fundação do movimento suprapartidário “Acredito”, que tem como objetivo a renovação de ideias, práticas e pessoas na política.

Em 2018, já participando de programas de formação de jovens líderes políticos, como o RAPS e o RenovaBr, Tabata anunciou sua candidatura a deputada federal de São Paulo, pelo PDT. Desde então, vem sendo alvo de críticas tanto da esquerda quanto da direita por não se denominar em nenhum dos campos e divergir com lideranças desses dois polos.

Trajetória política

Após dois meses de seu mandato, em 2019, Tabata Amaral chamou atenção ao confrontar o então ministro da educação do governo Bolsonaro (sem partido), Ricardo Vélez Rodrigues. A deputada criticou o despreparo do ministro em discurso no plenário da Câmara dos Deputados. “Em um trimestre não é possível que o senhor apresente um Powerpoint com dois, três desejos para cada área da educação. Cadê os projetos? Cadê as metas? Quem são os responsáveis?”, perguntou ela. “Eu quero saber: onde eu encontro esses projetos? Não dá para acreditar que essa paralisia vá levar ao sucesso da educação brasileira", disparou.

Ainda em 2019, no mês de maio, Tabata se envolveu no imbróglio que a fez sair do PDT, ao contrariar o próprio partido e votar a favor da reforma da Previdência. A sigla suspendeu as atividades da parlamentar, retirou dela a vice-liderança na Câmara, a proibindo, inclusive, de ocupar assentos em comissões ou votar nas assembleias.

o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), uma das mais influentes lideranças políticas da sigla atualmente, disse em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo que “ninguém pode servir a dois senhores”, referindo-se aos deputados que votaram a favor da Reforma. Sobre Tabata, especificamente, Gomes ironizou: “Por que ela não vai para o MBL?”, questionou.

No decorrer do mesmo ano, Amaral disse que sentiu-se traída por Ciro e pelo partido. “Votei no Ciro Gomes, votei no PDT porque acreditava no que eles diziam, de defender a responsabilidade fiscal junto com a inclusão social. Para mim, não dá para ser oposição por oposição quando tem gente passando fome”, pontuou à época.

Em maio deste ano, a deputada conseguiu, a autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar o PDT sem perder o mandato. A decisão do Tribunal considerou que a deputada tinha justa causa para de desfilar.

Nesta sexta-feira, 17, a parlamentar anunciou sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), o mesmo de seu namorado, o prefeito do Recife, João Campos.

Na Câmara, a deputada conta com participação em diferentes comissões e frentes parlamentares. Dentre suas atuações, estão a atividade como membra da Comissão Externa do Ministério da Educação, que fiscaliza os trabalhos do Ministério, membro da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres e da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

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