Presidente de instituto ligado ao PSDB afirma que o partido não deve fazer oposição a Bolsonaro
A Executiva Nacional do PSDB optou por deixar o posicionamento independente para aderir a oposição composta por partidos do centro democrático
O presidente do Instituto Teotônio Vilela e também deputado, Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), afirmou não estar de acordo com a decisão do PSDB de fazer oposição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). A Executiva Nacional da sigla já havia tomado a decisão de se posicionar oficialmente de maneira opositora ao presidente, após os atos antidemocráticos em apoio a Bolsonaro, em 7 de setembro.
Em entrevista à rádio Correio FM, Lima criticou o posicionamento do partido ao realizar oposição a Bolsonaro, e reforçou que faz críticas ao que está errado, mas que apoia o que for bom para o país. “Não penso que fazer uma oposição sistemática a Bolsonaro, ao modelo que o PT faz, seja o papel que eu deva cumprir. Claro que o governo merece críticas em vários pontos. A condução na pandemia merece uma crítica e a gestão que o governo faz na educação não é eficiente. De resto, não vou fazer oposição de quanto pior, melhor", afirmou o presidente do instituto tucano.
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O Instituto Teotônio Vilela é um centro de formação política do PSDB e já teve como presidentes Tasso Jereissati e José Aníbal.
As lideranças do partido decidiram pela oposição ao governo, em reunião da Executiva Nacional após as declarações antidemocráticas de Bolsonaro nas manifestações de 7 de setembro. A decisão de sair de uma posição independente para aderir à frente de oposição do centro democrático foi unânime. Com a mudança, o PSDB se junta a partidos como o DEM, o MDB e o Cidadania.