PCdoB, PDT, PSB e grupos de esquerda se unem ao MBL para ato em Fortaleza contra Bolsonaro

Os atos deste domingo devem reunir partidos de espectros políticos diversos. A intenção é fazer oposição e pressionar pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro

Os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem pra Rua para o próximo domingo, 12,  devem ganhar um reforço em Fortaleza. A dois dias dos atos, partidos e movimentos de esquerda já finalizaram as negociações e devem participar dos atos na capital, com concentração na Praça Portugal, às 15h, rumo à Avenida Beira-Mar.

Com a participação de partidos do centro e de esquerda, além das siglas de direita, objetivo é criar uma frente ampla, unindo forças para pedir o impeachment do presidente. Além disso, o protesto também será uma resposta aos atos com pautas antidemocráticas e discursos  contra o Supremo Tribunal Federal (STF) por parte de Bolsonaro, que ocorreram no feriado da Independência, 7 de setembro, pelo país.

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Até o momento, partidos de esquerda como o PDT, PCdoB, PSB já confirmaram apoio ativo à manifestação. Além disso, também integram o movimento alguns grupos que representam a juventude das siglas. Entre eles: Juventude Pátria Livre, Juventude Socialista Partido Democrático Trabalhista (PDT), União da Juventude Socialista (UJS), Juventude Socialista Brasileira (JSB). 

Para ex-vereador de Fortaleza, Evaldo Lima (PCdoB), o partido tem defendido a formação de uma frente ampla que dê sustentação à oposição contra o presidente da República. “Esse movimento não tem uma hegemonia. O país precisa entender que o Bolsonaro representa uma ameaça às instituições. Logo, isso exige a participação de todas as forças políticas das quais a gente tem divergências. Há uma exigência da parte de todas as forças políticas em defesa da democracia e contra fascismo”, avalia. 

Segundo o presidente estadual do PDT, deputado André Figueiredo, a deliberação do partido é apoiar quaisquer manifestações que “sejam favoráveis à democracia e ao impeachment do atual presidente”. “Pelos desmandos sequenciais que ele vem externado em público, principalmente depois do último 7 de setembro, o PDT estará participando do dia 12 das manifestações programadas de todas as forças políticas”. disse o dirigente.

Nesta quinta-feira, 9, o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) confirmou sua participação nos atos do dia 12 de setembro que devem acontecer na Avenida Paulista, mesmo local onde o Bolsonaro mobilizou seus apoiadores no 7 de setembro. Em publicação nas redes sociais, o pedetista disse que pretende participar de todas as manifestações contra o governo Bolsonaro. 

O momento, segundo o presidente do PSB no Ceará, deputado Dênis Bezerra, representa uma "união do campo democrático para mobilizar todos os setores da sociedade a favor do impeachment do Bolsonaro, que ataca diariamente a democracia e os direitos dos brasileiros". "É uma luta contra o autoritarismo, contra a venda das nossas riquezas e do nosso país. Além disso, o PSB estará em qualquer manifestação a favor do Impeachment", destaca. 

De ideologias diferentes, juntam-se ao movimento os partidos Cidadania, Rede e PSDB. O apoio tucano a nível nacional foi confirmado nesta quinta. Além do MBL e o Vem pra Rua, também devem participar dos protestos os movimentos Acredito, União da Juventude Liberal (UJL), Livres, Juventude 23 e Juventude Tucana. 

O presidente estadual do Cidadania, Michel Lins, avalia o movimento se contrói como “suprapartidário e formado por "oposições unidas” contra Bolsonaro. “O Cidadania está fazendo seu movimento exatamente no movimento pela democracia, unindo as pessoas que acreditam que esse governo é um desgoverno que não tem avançado em políticas públicas e tem usado de muita falácia e pouca ação de verdade que possa mudar a vida do brasileiro”, diz.

"A avaliação geral do grupo é que as divergências político-partidárias e ideológicas devem ficar para depois. A principal necessidade do País hoje é comida na mesa do brasileiro, geração de emprego e renda, retomada da qualidade de vida, e isso passa imprescindivelmente pela saída de Bolsonaro do poder", afirma o MBL Ceará, em nota. Segundo a organização do evento, o objetivo é fechar uma "construção ampla com todas as forças e agentes civis e políticos, dispostos a lutar e defender a democracia"

Diante da divisão de opiniões entre representantes tanto da esquerda como da direita brasileira, os partidos PT e Psol alegam que não participarão de ato deste domingo na Capital. As legendas articulam a realização de outros atos contra o presidente da República na próxima semana e no mês de outubro. 

Em nota oficial na quarta-feira 8, o MBL mudou o tom e convocou “todos os partidos, lideranças civis e agremiações, desde que respeitem a necessidade de deixarem suas pautas particulares e suas preferências eleitorais fora do ato para nos unirmos pelo impeachment”. Antes, o grupo havia adotado o slogan “Nem Lula, nem Bolsonaro” para chamar os atos.

 

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