PSDB assume oposição a Bolsonaro e começa a discutir impeachment
Após ameaças de golpe em manifestação do 7 de setembro feitas pelo presidente, partido dá início a processo interno de discussão sobre prática de crimes de responsabilidade por Bolsonaro
Após os atos pró-governo do 7 de setembro, o PSDB endureceu o tom contra Jair Bolsonaro (sem partido) e divulgou nota nesta quinta-feira, 8, destacando oposição ao presidente. “Por unanimidade, PSDB anuncia oposição ao governo Bolsonaro e início da discussão sobre a prática de crimes de responsabilidade pelo presidente da República”, anunciou o partido em perfil oficial nas redes sociais.
Na noite dessa quarta-feira, 8, a sigla convocou uma reunião extraordinária para discutir o impeachment do presidente. A ação veio logo após ameaças de caráter golpista feitas por Bolsonaro contra Supremo Tribunal Federal (STF) durante ato com apoiadores da última terça-feira, 7.
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A reunião do PSDB foi solicitada pelo presidente da sigla, Bruno Araújo, sob a justificativa de que Bolsonaro fez "gravíssimas declarações".
Nesta quarta, o partido reforçou a posição e ampliou o escopo de adversários. Na postagem, a sigla ainda conclamou “forças de centro” contra a eventual retomada de um governo petista, a que responsabilizou pela "pela profunda crise que enfrentamos".
“O PSDB repudia as atitudes antidemocráticas e irresponsáveis adotadas pelo presidente da República em manifestações pelo Dia da Independência. Ao mesmo tempo, conclama as forças de centro para que se unam numa postura de oposição a este projeto autoritário de poder; e para evitar a volta do modelo político econômico petista também responsável pela profunda crise que enfrentamos”.
“Por fim, com a participação da Executiva e das bancadas na Câmara e Senado, registramos que após o pronunciamento inaceitável do chefe do Poder Executivo, na data de ontem, iniciamos hoje o processo interno de discussão sobre a prática de crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da República e o caminho mais eficiente para evitar o agravamento dessa crise na vida das pessoas”, diz a nota do partido.