Organização que reúne lideranças de 16 partidos lança manifesto em defesa da democracia às vésperas do 7/9
A organização Direitos Já! Fórum Pela Democracia critica a postura do presidente Jair Bolsonaro na convocação de atos no dia 7/9 e alerta para o risco de ruptura institucionalA organização Direitos Já! Fórum Pela Democracia lançou nesta segunda-feira, 6, um manifesto em repúdio às ameaças do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores à democracia e à Constituição Brasileira. A entidade reúne lideranças políticas de 16 partidos políticos (PDT, MDB, PSB, PCdoB, Psol, PSL, PT, PSDB, PV, Rede, Podemos, Solidariedade, Cidadania, PL, DEM e PSD), diversas organizações da sociedade civil e 10 mil cidadãos.
O documento é assinado em "defesa da ordem democrática" e alerta para um risco de ruptura institucional pelo presidente da República. “Jair Messias Bolsonaro ensaia “cruzar o Rubicão” ao se insurgir contra decisões legítimas do Poder Judiciário e acirrar seguidores contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus ministros”, diz um trecho.
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O manifesto foi publicado às vésperas das manifestações do 7 de setembro, que devem reunir apoiadores do presidente nas ruas de todo o País e coloca as instituições em alerta sobre possível escalada autoritária. “O momento, de grande tensão, impõe a vigilância dos setores democráticos. Motivo pelo qual a Direitos Já! Fórum pela Democracia lança este alerta em manifesto”, afirma o texto.
“Bolsonaro encena uma crise política, com atos de golpismo explícito, para desviar a atenção do desemprego que grassa; da fome que campeia; da grave devastação ambiental, que acelera a crise hídrica e energética; e da inflação, já definitivamente em ascensão”, diz a nota.
“Sigamos atentos e vigilantes neste Sete de Setembro. Que fique garantido àqueles que queiram protestar em favor do presidente que possam fazê-lo de modo ordeiro. No entanto, que qualquer atitude atentatória à independência dos poderes, ao primado da lei e à liberdade dos cidadãos seja duramente reprimida e debelada pela autoridade da Constituição, na defesa da ordem democrática”, concluem os signatários.