Governo de SP prepara maior esquema de segurança da história para evitar violência nos atos de 7/9

O esquema de segurança inédito contará com 4 mil policiais militares espalhados pela cidade e focados nos locais em que haverão as manifestações--

16:30 | Set. 06, 2021

Por: Alice Araújo
Avenida Paulista voltará a ser palco de atos a favor do presidente Jair Bolsonaro (foto: Nelson Almeida / AFP)

O Governo de São Paulo está montando o maior esquema de policiamento e monitoramento já realizado na história das manifestações políticas na cidade, com o objetivo de coibir e conter a violência durante os atos do dia 7 de setembro. Serão 4 mil policiais militares com 100 cavalos, mais de 1.400 viaturas, três helicópteros e seis drones distribuídos nas áreas onde irão acontecer os protestos.

Além das polícias militar e civil, também está prevista a participação do serviço de inteligência do governo do estado, bem como equipes do Dope (Departamento de Operações Especiais) e policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), preparados para agir em casos mais graves. Para diminuir o risco de violência, os manifestantes que chegarem à cidade terão mochilas, bolsas e outro volumes revistados, em busca de armas, e os carros de som que irão participar das manifestações devem ser vistoriados antes dos atos.

O foco da segurança estará localizado principalmente nas regiões centrais da cidade, como a Avenida Paulista, onde estarão concentrados os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e no vale do Anhangabaú, local das manifestações contra o atual governo. O policiamento deve se concentrar também nas estradas e acessos a São Paulo, com o acionamento das polícias rodoviária estadual e federal.

Com os dois protestos contrários acontecendo ao mesmo tempo, o risco de episódios de violência e confronto entre os grupos é uma realidade temida pelo governador de São Paulo. "A preocupação não é com a manifestação, esse é um direito legítimo da democracia garantido pela Constituição. A preocupação é com a violência que possa haver durante os atos e principalmente no encerramento das manifestações", afirmou João Dória.

Durante a semana passada, o governo do estado tentou proibir o acontecimento de manifestações contra Bolsonaro no mesmo dia das manifestações do 7 de setembro, mas a Justiça concedeu liminar autorizando os protestos.