MBL denuncia Bolsonaro no Tribunal de Haia pela sua conduta na pandemia

O Tribunal Penal Internacional já recebeu diversas denúncias contra o presidente. A novidade do documento apresentada pelo MBL, no entanto, é a citação ao procurador-geral da República, Augusto Aras

O MBL (Movimento Brasil Livre) denunciou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, por genocídio, referente a ações e omissões do mandatário no enfrentamento à pandemia da Covid-19. A ação foi confirmada por Renato Battista, líder do grupo, que também citou o procurador-geral da República, Augusto Aras.

"Denunciei Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional pela condução desastrosa da pandemia e pela omissão de Augusto Aras em investigar o presidente. Pedi a abertura de investigação e sua prisão preventiva", disse Battista.

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— Renato Battista - 12/09 FORA BOLSONARO (@renato_battista) August 31, 2021

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O Tribunal de Haia já recebeu diversas denúncias contra o presidente - a mais recente foi formalizada no último dia 9 de agosto, pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). A novidade do documento apresentada pelo MBL, no entanto, é a inclusão do procurador-geral da República, que foi recentemente reconduzido ao cargo por mais dois anos.

Nos argumentos para a denúncia, o MBL diz que Bolsonaro incentivou a disseminação do coronavírus a fim de produzir uma "imunidade de rebanho". Além disso, o chefe do Executivo é acusado de fazer "apelo" para os cidadãos não se vacinarem e usarem medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente.

O grupo argumenta ainda que o presidente ignorou medidas de distanciamento social, mesmo sabendo dos altos número de mortes (atualmente 580 mil) e colapso do sistema de saúde. O movimento defende a prisão do presidente, pelo bom enfrentamento da pandemia no Brasil.

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