Sérgio Camargo é acusado de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica
Segundo reportagem divulgada no último domingo, 29, no Fantástico, servidores da Fundação Palmares dizem que o presidente associa pessoas de "cabelos altos" a malandros
00:00 | Nov. 30, -0001
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, foi denunciado no Ministério Público do Trabalho (MPT) por assédio moral, perseguição ideológica e discriminação. A informação foi divulgada no último domingo, 29, no Fantástico, da TV Globo.
Nos depoimentos obtidos pelo programa, servidores do órgão dizem que Camargo associa pessoas de “cabelos altos” a malandros. De acordo com os funcionários, concursados teriam pedido demissão por causa de um clima de terror psicológico criado na instituição sob o comando do atual presidente do órgão, que perseguiria o que ele define por “esquerdistas”.
Em reposta, o MPT pediu o afastamento de Camargo, além do pagamento de uma indenização de 200 mil reais por danos morais.
Nas redes sociais, o presidente da Fundação se manifestou sobre temas relacionados à denúncia. No Twitter, ele escreveu que O MPT "não tem autoridade para investigar servidores ou pessoas em cargos comissionados. "Somos regidos pelo estatuto, não pela CLT. As acusações partiram de militantes vitimistas e traíras. Há duas cartas públicas em minha defesa assinadas por todos os servidores da Palmares", disse.
Em outra publicação, Camargo afirma qe “ter orgulho do cabelo é ridículo para o negro” e que o negro orgulhoso de seu cabelo é um “fracassado a serviço do vitimismo”. Ele também destaca que "racismo estrutural" e "raízes africanas" são duas palhaçadas da esquerda que precisam acabar",
O MPT não tem autoridade para investigar servidores ou pessoas em cargos comissionados, pois somos regidos pelo estatuto, não pela CLT.
As acusações partiram de militantes vitimistas e traíras. Há duas cartas públicas em minha defesa assinadas por todos os servidores da Palmares! pic.twitter.com/wrYncIkAIe