Bolsonaro ignora crise e afirma: "Tem que todo mundo comprar fuzil"
Na conversa com apoiadores, o presidente voltou a dizer que os atos de 7 de setembro serão pacíficos e pedirão por "liberdade e democracia"O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira, 27, a ampliação do acesso da população ao porte de armas. Em conversa com apoiadores do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo evitou falar sobre a crise entre os membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e afirmou que todos os cidadãos têm de comprar um fuzil.
“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Aí tem um idiota: Ah, tem que comprar é feijão. Cara, se você não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, disse o presidente.
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Na conversa, Bolsonaro voltou a dizer que os atos de 7 de setembro serão pacíficos e pedirão por “liberdade e democracia”. Ele avaliou como“idiotas” aqueles que levantam a possibilidade de um golpe de Estado nas manifestações. “Alguns dizem que eu quero dar golpe. São idiotas, já sou presidente, pô”, disse.
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A possível adesão de policiais e bombeiros militares aos atos previstos para o 7 de setembro tem causado apreensão entre governadores. Atentos, os gestores já recorrem aos setores de inteligência nas próprias polícias para mapear e antecipar movimentações nas tropas.
Na última segunda-feira, 23, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou afastamento do coronel Aleksander Lacerda do comando de um batalhão da Polícia Militar no interior do estado, após ele ter convocado manifestações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pelas redes sociais.
Bolsonaro falou com os visitantes da residência oficial antes de partir para Goiânia (GO). Na capital do Estado, ele participará de um evento militar no Comando de Operações Especiais do Exército. Depois, irá a uma motociata organizada por grupos da cidade.